Cerca de 50 alunos do Colégio Estadual Satélite realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira, 15, pedindo o desbloqueio de matrículas para o 6º ano. O protesto, que aconteceu na avenida Orlando Gomes, em Piatã, terminou por volta das 12h. A escola tem fechamento previsto para 2018, segundo a coordenadora pedagógica da unidade de ensino, Cláudia Oliveira. Ela disse que, até o ano passado, a escola tinha quatro turmas de 6º ano e que atualmente existe estudantes em uma fila de espera. Segundo a coordenadora, a quantidade é suficiente para formar aproximadamente três turmas. "Estamos pedindo que a Secretaria de Educação (SEC) desbloqueie a matrícula para o 6º ano", disse. A coordenadora ainda comentou que a unidade é uma referência na rede estadual de educação. "Dos 311 alunos matriculados este ano, temos 47 alunos com deficiência. Temos cegos, surdos, pessoas com deficiência intelectual e autistas", informou.
SEC
Em nota, a secretária estadual informou, na última segunda-feira, 13, a reportagem do Portal A TARDE que a unidade não será fechada durante o ano letivo de 2017 e que existe a possibilidade de abrir vaga para o 6º ano do ensino fundamental. Esta medida está sendo avaliada, mas prazos não foram divulgados.
De acordo com o órgão, o Atendimento Educacional Especializado (AAE) é garantido a todos os estudantes com deficiência da rede. A ação ocorre de forma complementar em 68 salas de recursos multifuncionais, em 12 Centros de Atendimento Educacional Especializado e seis instituições conveniadas.
Também conforme a SEC, “todas as escolas estaduais podem receber estudantes com deficiência, a partir da solicitação dos pais ou responsáveis”. O órgão informou que, segundo determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9394/1996, a responsabilidade pelo atendimento do ensino fundamental é dos municípios. O Estado apenas assume quando o município não tem condições de garantir esse atendimento, segundo a secretária.
Manifestação
Os estudantes ocuparam uma das vias da avenida Orlando Gomes, carregando cartazes com as frases: "O governador quer cortar custos às custas da educação", "Educação para transformar", "Todos pelo Satélite".
O protesto desta quarta é o segundo que ocorre esta semana. O primeiro foi na terça-feira, 14, quando eles também ocuparam a via de forma pacífica.
Reprodução: A Tarde