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Feijoada ‘gourmet’, crise e o cartão de crédito

Com serviço all inclusive, e shows de Guga Meyra, Tatau e Psirico, a Feijoda da Dadá parece ser imune aos tempos de crise

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Foto: Izis Moacyr/Bahia.ba

 

Idealizada há cerca de 20 anos, a Feijoada da Dadá aconteceu neste sábado (11) na Unique, espaço de eventos localizado na Tancredo Neves. Com serviço all inclusive, comida e bebida à vontade, e shows de Guga Meyra, Tatau e Psirico, a festa, rotulada como VIP, é organizada pela quituteira Adalci dos Santos, a Dadá. Mas, se antes a baiana de acarajé montava seu tabuleiro no bairro da Barra, e vendia feijão no Alto das Pombas, na Federação, agora suas iguarias saem pelo preço de R$ 270. Para baianos e turistas que não poupam em tempos  de crise, o que salvou mesmo foi o cartão de crédito, e os contatos.

Amiga de Dadá, Ana Rita, carioca e advogada – cargo que se arrepende de ter escolhido, “deveria ter sido funcionária pública” -, entrega: “Se essa festa fosse no Rio de Janeiro, eu não iria”. “Meu estado está quebrado, tudo de esvaindo, impossível pagar um valor destes”, afirmou ao bahia.ba. “Nem o Cabral pagaria. Ah, o Cabral tá preso”, continuou com bom humor. Sem querer se indispor com a companheira, a morena, que tem tatuado os pontos turísticos da capital fluminense na perna, enfatiza: “Paga quem pode, quem não pode que fique em casa”. Esta, no entanto, não é a máxima da maioria.

Bahia.ba) (AF)