Os bandidos responsáveis pela chacina que deixou oito mortos e um ferido em Porto Seguro, na região sul da Bahia, chegaram ao local do crime se passando por policiais. Segundo informações da Polícia Civil, os criminosos estavam encapuzados, usando roupa de camuflagem, coletes balísticos e armas de grosso calibre.
Dois homens e todas as mulheres que estavam na casa foram poupados pelos bandidos. O ferido na chacina segue internado no Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro. O estado dele é grave.
Segundo a polícia, os outros sobreviventes do atentado começaram a ser ouvidos pela polícia ainda na segunda-feira (6), um dia após o crime. Vizinhos da casa onde o ataque aconteceu também prestaram depoimento. Até a manhã desta terça-feira (7), nenhum suspeito de participar da chacina havia sido preso.
A motivação do crime também segue sob investigação. “A gente vai atuar com todo empenho possível para identificar a autoria, identificar a motivação, e descartar ou não se isso tem relação com o fato dessas vítimas serem filhos de policiais”, explicou o coordenador regional da Polícia Civil, Moisés Damasceno.
Ainda de acordo com o delegado, nenhuma das vítimas tinham passagem pela polícia. "Nada pesa sobre a conduta de nenhuma das vítimas, então é um fato que precisa ser investigado por todas as linhas”, disse o coordenador regional.
Enterro
Um dos oito mortos na chacina, o jovem Igor Lélis dos Santos Santana, que era filho de um policial militar, foi enterrado ainda na segunda-feira, em Porto Seguro.
As outras sete vítimas vão ser sepultadas nesta terça-feira. A maioria em Porto Seguro. São eles: Felipe Ricardo Lopes Borges; Vinícius Bispo dos Santos (Cabo da Aeronáutica); Vitor Claudio do Nascimento Bispo e Caio Felipe do Nascimento Bispo (filhos de policial civil); Gabriel de Jesus Feitosa; Leandro de Jesus Feitosa. O jovem Gabriel Lobo Fernandes, que era filho de um PM já falecido, será enterrado na cidade de Mascote.
Reprodução/G1