Recém-empossado, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), responsável pela articulação política, disse ao blog neste domingo (5) que avalia manter os principais auxiliares do ex-ministro Geddel Vieira Lima no ministério.
" Estou avaliando. Tudo que eu for resolver discutirei antes com o presidente. O critério é: se for técnico, vai ficar. Estou tomando pé, passei o final de semana analisando a estrutura do ministério", afirmou.
Mesmo fora do governo, o ex-ministro Geddel manteve influência na pasta com seus principais assessores ocupando cargos de confiança.
Ivany dos Santos (secretaria-executiva) e Carlos Henrique Sobral (chefe de gabinete) tocaram o dia a dia da pasta interinamente no período.
Ivany é uma figura influente do PMDB na Câmara – trabalhou com Geddel nos anos 90 na liderança do partido e com outros deputados que foram líderes, como Henrique Eduardo Alves.
Sobral, por sua vez, antes de ser levado por Geddel para o Planalto, foi assessor especial de Eduardo Cunha na presidência da Câmara.
Desde que Geddel foi alvo da Polícia Federal, no entanto, tucanos passaram a defender nos bastidores que Imbassahy, assim que assumisse a pasta, demitisse os auxiliares por conta da ligação com os peemedebistas na mira da Polícia Federal. Mas o PMDB pressiona para mantê-los.
Sobral conta com o apoio do PMDB para permanecer no cargo e é bem quisto por bancadas de outros partidos também.
"Eles são muito queridos no PMDB", admitiu o ministro.
Reformas
Imbassahy afirmou também que sua prioridade são as reformas – Previdência e trabalhista.
Imbassahy disse que, na pasta, não será "o ministro do PSDB" mas de todos os partidos. "Sou ministro de Estado".
(Por Andréa Sadi) (G1) (AF)