Um grupo de alunos que fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na segunda aplicação, no ano passado — em consequência da invasão nas escolas —, vai entrar na Justiça contra o método de correção das provas. Os estudantes alegam que foram prejudicados pela forma diferenciada de atribuição de pesos nas respostas. Afirmam que os créditos foram idênticos para questões de baixa, média e alta complexidade, o que tornaria a concorrência desleal, pois seria o mesmo que equiparar alunos de baixa proficiência com os de maior capacidade. Segundo Mônica Pinheiro, mãe da candidata Amanda Pinheiro Cavalcante, cerca de 13 pessoas que se sentiram prejudicadas já consultaram um advogado e, no máximo, até a próxima segunda-feira vão entrar com uma ação de direito coletivo na Justiça Federal contra a União.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada ao MEC, admitiu que as notas “mínimas e máximas das três provas do Enem 2016, juntas, foram divulgadas em 18 de janeiro”. Porém, segundo o órgão, “é impossível afirmar que há disparidade entre as notas dos candidatos das duas aplicações do exame, uma vez que os percentuais de acerto não são divulgados”. Para o Inep, o simples depoimento de candidatos é insuficiente, porque eles não ficam com o cartão de resposta e às vezes erram na marcação.
Fonte: Correio Brasiliense