"Tenho certeza que minha filha está viva. Eu quero minha filha sã e salva", é o que deseja Joilson Santana, pai de Gabrielly Gomes Santana, a menina de 7 anos, que está desaparecida há seis dias na Bahia. A criança sumiu na manhã de sábado (21), quando estava na porta de casa, no residencial Solar da Princesa, no bairro Gabriela, em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 quilômetros de Salvador.
Joilson e outros familiares de Gabrielly se reuniram em uma caminhada na quinta-feira (26) para pedir agilidade nas investigações. Os participantes vestiram camisetas com a foto de Gabrielly e levaram cartazes nas mãos com fotos da criança, além de contatos para que as pessoas possam informar o paradeiro dela.
Os participantes também pediram o fim dos trotes a respeito do caso. Ligações falsas sobre o paradeiro da menina têm prejudicado as investigações. Segundo o pai de Gabrielly, a família já recebeu mensagens e ligações informando que a menina estaria morta, mas quando a polícia chega ao local indicado, não há ninguém.
O desaparecimento da criança tem comovido a cidade. Durante a passeata, muitas pessoas que nem conheciam Gabrielly se juntaram ao cortejo. Vários gupos de oração se formaram nas redes sociais, em favor da garota. "É muito sofrimento para uma mãe, não saber onde está seu filho, não saber o que aconteceu com esse filho", disse uma das participantes da caminhada, Paula Ribeiro.
Desaparecimento
Gabrielly desapareceu enquanto brincava no portão de casa. O sumiço é investigado pela Polícia Civil. Segundo a delegada Dorean dos Reis Soares, a polícia já possui uma linha de investigação, mas ainda não quer adiantar detalhes para não atrapalhar o caso.
Ela informou ainda que duas equipes de investigação estão na apuração. Segundo relato da avó da criança, Maria da Glória Costa Gomes, uma testemunha relatou ter visto um carro rondando casas no local.
Ainda de acordo com a avó, assim que a menina sumiu, ela e a filha, a mãe da criança, foram à delegacia registrar a ocorrência. Maria relatou que a neta sempre brincava na porta de casa com as amiguinhas, mas que no dia do desaparecimento ela brincava sozinha.
Maria também disse que Gabrielly mora com ela desde quando ainda tinha dois anos. Segundo a dona de casa, a filha tem outros dois filhos e trabalha, por isso a neta fica com ela. Sobre as suspeitas do que teria ocorrido, Maria conta que não sabe o motivo pelo qual levaram a neta dela.
Os pais de Gabrielly são separados, mas o pai é bastante presente na rotina da criança e a guarda é compartilhada. O pai de Gabrielly, inclusive, contratou um carro de som como forma de encontrar a garotinha.
Reprodução/G1