O mercado baiano de planos de saúde perdeu quase 40 mil beneficiários em 2016. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e representam quase 35% de todas as perdas registradas na região Nordeste, que fechou o ano com 103,9 vínculos encerrados. Os dados baianos são mais que o dobro dos registrados em estados como Mato Grosso (16 mil) e Brasília (13,5 mil).
Em todo o Brasil, as quedas no número de beneficiários chegaram a 1,37 milhão, o que representa uma queda de 2,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entre as cinco regiões do país, a Sudeste foi a que teve a maior perda. Cerca de 1,1 milhão de pessoas deixaram de contar com a assistência médica privada.
Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, explica que a variação se deve, em grande parte, ao cenário econômico negativo e à queda do nível de emprego do Brasil. “Segundo dados do Caged, o saldo de empregos de 2016 ficou negativo em 1,32 milhão de postos de trabalho formal. Como os planos coletivos empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas aos seus colaboradores) ainda representam a maior parte dos planos médico-hospitalares no País, é natural que o número de vínculos apresente retração junto com o saldo de empregos formais”, aponta.
Apesar dos dados negativos, Luiz Augusto destaca que a queda poderia ter sido ainda maior. “Como o plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e da educação, os beneficiários de planos de saúde, mesmo desempregados, optam por cortar outros gastos antes de romper o vínculo com a operadora”, finaliza.
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