Os médicos terceirizados pela Sesab fizeram uma assembleia nesta quinta-feira (19,) para discutir os diversos problemas que vivenciados pela classe. O principal é o atraso de salário, que vem ocorrendo reiteradamente e se agravou no último mês. Os profissionais também denunciaram o não pagamento dos contratos PJ de novembro, problemas de segurança em Cajazeiras VIII e sobrecarga de trabalho no Hospital Menandro de Farias. Decidiu-se dar um prazo até a próxima segunda (23), com uma nova assembleia no dia 24 para preparar a possível paralisação das atividades. As empresas FJS e INTS, que contratam a maior parte dos médicos, vêm atrasando os salários nos últimos meses e até o momento não pagaram dezembro de 2016. As empresas alegam falta de repasse por parte da Sesab, que por sua vez afirma ter feito o pagamento às empresas nestas semanas. A assessoria jurídica do Sindicato esclareceu que a falta de repasse pelo governo não justifica o atraso, tendo em vista que, pela legislação, a empresa terceirizada deve ter um lastro financeiro para cobrir eventuais atrasos no repasse. Foi cobrado também o pagamento do mês de novembro de 2016, ainda sob contrato PJ. Os médicos da FJS denunciaram também o não repasse do FGTS. Sobre isso, ficou definido que o Sindimed acionará os órgãos competentes para garantir o cumprimento deste direito.
Situação dos médicos das maternidades contratados pela FJS permanece indefinida
Mesmo após ser notificada para definir a situação funcional dos médicos contratados pela FJS que, pelo acordado, passariam para o novo contrato, a SESAB continua com respostas evasivas sobre o assunto. Cláudia Batista, advogada do Sindimed, esclareceu que não há impedimento para os médicos assinarem o segundo contrato, e que caberá a FJS decidir se aloca o profissional para outra unidade ou se demite o mesmo. Não existe a possibilidade de sucessão.
Médicos de Cajazeiras VIII relatam falta de segurança na unidade
Os profissionais relataram diversos casos de ameaças durante o trabalho e falhas no aparato de segurança tendo em vista o policiamento intermitente. O Sindimed cobrará da SSP a ampliação do policiamento e orientou os médicos, a fim de resguardar a integridade física dos profissionais e pacientes, a restringir o atendimento quando não tiver condições de segurança adequada. O Cremeb já foi notificado da situação.
Fonte: Sindimed