Conhecida pelos carros, a Rolls-Royce atua principalmente na área de aviação e de turbinas para geração de energia (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters/Arquivo)
A multinacional britânica Rolls-Royce diz que pagou US$ 9,32 milhões (R$ 29,9 milhões) em propina para fechar contratos com a Petrobras. A informação está no termo do acordo de leniência assinado entre a empresa e autoridades americanas. Acordos do tipo são semelhantes às delações premiadas. Em troca da redução de punições, empresas suspeitas de corrupção aceitam colaborar com as investigações.
De acordo com o texto, a maior parte do dinheiro eram comissões para que intermediários ajudassem a empresa a fornecer geradores de energia para as plataformas de petróleo P-51, P-52 e P-53. Do valor total, US$ 1,6 milhão (R$ 5,4 milhões) foi propina paga diretamente a uma pessoa envolvida no esquema que não foi identificada.
Ao menos um delator da Operação Lava Jato já havia afirmado que recebeu propina da Rolls-Royce: Pedro Barusco, ex-gerente da estatal. Ele disse que ganhou US$ 200 mil (cerca de R$ 642 mil, na cotação atual) para ajudar a fechar um contrato de US$ 100 milhões (mais de R$ 320 milhões) com a Petrobras.
Segundo a delação de Barusco, outras pessoas teriam sido beneficiadas no esquema, mas os nomes não foram informados. Os pagamentos aconteceram entre os anos de 2003 e 2013, segundo as investigações.
(G1) (AF)