“Eu acordei e o ônibus já estava virando, capotando. Não sei o que aconteceu. Ele vinha muito rápido na estrada, o povo falava muito que ele estava correndo bastante”, relata o motoboy Fernando Ribeiro.
Ele é um dos sobreviventes do acidente com um ônibus que matou sete pessoas e deixou dezenas de feridos em Campo Mourão, na região centro-oeste do Paraná, na madrugada desta terça-feira (3).
O ônibus saiu da pista no entroncamento da BR-158 com a PR-317. O veículo partiu de Foz do Iguaçu, no oeste do estado, em direção a Maringá, na região norte, onde deveria chegar por volta das 5h. Segundo a empresa "Expresso Maringá", proprietária do ônibus, havia 42 pessoas no veículo.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o disco do tacógrafo, retirado do ônibus juntamente com um perito da Polícia Civil, indica que o ônibus estava entre 100 e 110 km/h. O limite de velocidade para o local é de 40 km/h. De qualquer forma, a causa do acidente só poderá ser determinada após realização de perícia pela Polícia Científica.
“Pode ter sido realmente uma falha humana. Essa é uma alça de acesso, de retorno. É uma curva bastante fechada. O ônibus teria que entrar aqui com uma velocidade de, vamos dizer, 40 km/h. Provavelmente, ele estava a mais que isso e não conseguiu fazer a curva”, diz Jafar Sater, da PRF.
O motorista do ônibus sobreviveu e foi levado para o hospital. Ele fez o teste do bafômetro, que não apontou consumo de álcool.
Resgate
O número total de feridos não foi informado pela PRF. Eles foram levados para o Hospital Santa Casa de Campo Mourão e para hospitais de Umuarama, no noroeste do Paraná.
Um helicóptero do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi utilizado para resgatar as vítimas mais graves. Outras precisaram ser puxadas com a ajuda de uma corda. O trabalho de socorro das vítimas levou aproximadamente quatro horas.
“A gente fez o que pode, saiu do ônibus, tirou quem a gente conseguiu, e pediu socorro. Foi o que a gente conseguiu fazer para ajudar o pessoal”, contou o motoboy Fernando Ribeiro, que saiu ileso do acidente.
Por meio de nota, a Expresso Maringá afirmou que deve informar a lista com os nomes dos passageiros mais tarde.
"Em atenção a sua solicitação informo que, diante da possibilidade de haver alguma divergência entre o nome das pessoas que adquiriram as passagens e aquelas que realmente tiveram o embarque efetivado no coletivo, somente mais tarde poderemos informar com segurança uma lista de passageiros, evitando maiores constrangimentos com os familiares”.
Reprodução/G1