O homem de 29 anos que foi preso após arrastar um menino de oito anos para o mar em Santos, no litoral de São Paulo, se recusou a prestar depoimento oficial à Polícia Civil. Evandro Luiz de Campos Santana permanece preso na cadeia anexa ao 5º Distrito Policial da cidade e, informalmente, admitiu à policiais que tinha intenção de abusar da criança.
Segundo o boletim de ocorrência do incidente, obtido pelo G1 na noite desta quinta-feira (22), Evandro foi indiciado por sequestro ou cárcere privado e subtração de incapaz. Os crimes tem pena máxima superior a cinco anos, e, portanto, não há possibilidade de fiança.
Segundo Rodrigo Lima, investigador chefe da Delegacia da Defesa da Mulher (DDM), Evandro foi preso em flagrante e permanecerá detido à disposição da Justiça. "Informalmente ele disse que levou o menino para o mar para beijar e fazer outras coisas", afirma.
O crime ocorreu na última terça-feira (20), por volta das 13h, próximo ao Posto 6 de salvamento na praia da Aparecida. O garoto estava acompanhado da família, que mora em Santo André, no ABC Paulista. Ele se distanciou dos familiares e começou a brincar na beira da água quando o homem apareceu e o levou, à força, para dentro do mar.
A ação de Evandro foi impedida por uma salva-vidas. Roberta Alessandra Oliveira Costa, de 37 anos, afirmou em entrevista ao G1que notou a atitude estranha do homem e interveio.
"Quando esse homem chegou, ele ficou rondando as pessoas e até passou a mão na cabeça de uma menininha. Então, eu já estava achando toda a situação muito esquisita. Depois, ele chegou perto do menino sozinho na água e o abraçou. Como eu já tinha visto a criança com a família, sabia que ele não era um familiar”, conta a educadora física.
O suspeito ainda tentou puxar a criança para si quando a guarda-vidas apareceu. Em uma segunda tentativa, ela conseguiu tirar o menino do local e saiu da água com ele. “Eu contei toda a situação para o pai do menininho e nós chamamos a polícia e o corpo de bombeiros. Depois, fomos até o homem que o arrastou para o mar", lembra.
Segundo testemunhas, o suspeito chegou a ser agredido por banhistas que estavam no local até a chegada da polícia. A Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) continua investigando o caso.
Reprodução: G1