A bancária Jucilene Matos Silva que foi internada no Hospital São Rafael, em Salvador, após levar um tiro na cabeça, disparado por um colega de trabalho, na tarde de quarta-feira (21), passa bem e segue lúcida, segundo informou ao G1 o superintendente da empresa na capital baiana, Anselmo Cunha. "Ela está bem, fora de perigo", pontuou.
Jucilene foi baleada de raspão na cabeça pelo colega de trabalho Glei Mario de Lemos Leal dentro do escritório da Caixa Econômica Federal em um edifício empresarial na Avenida Paralela, em Salvador. No ataque, a funcionária Marinoelia Andrade dos Santos, 51 anos, também foi atingida na cabeça e acabou morrendo no Hospital Geral do Estado (HGE).
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"Infelizmente, ela morreu durante a cirurgia. É um fato lamentável. Uma fatalidade que atinge todos nós profudamente", disse Cunha, em contato com o G1 por telefone ainda na quarta-feira.
O atirador, que também era advogado, se matou após efetuar os disparos contra os colegas de trabalho. O crime ocorreu por volta das 14h, no Centro Empresarial Dois de Julho.
Todos os funcionários do escritório onde ocorreu o ataque foram liberados do trabalho e só devem retornar ao local a partir de segunda-feira (26), informou o superintendente Anselmo Cunha. "O pânico foi generalizado. Foi terrível", relatou. Os bancários que testemunharam o crime receberão acompanhamento psicológico, indicou Cunha.
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Alvo seria chefe
O alvo do funcionário que baleou as duas colegas seria o coordenador do departamento onde ele trabalhava. A informação foi divulgada pelo representante do Sindicato dos Bancários da Bahia, Cesar Cotrim, que disse ter conversado com funcionários que estavam no local no momento do ocorrido.
O chefe apontado como alvo, no entanto, não chegou a ser atingido, mas se feriu ao correr dos disparos. De acordo com o sindicato, ele machucou o ombro após uma queda.
Cotrim informou que ainda não sabe o que motivou o ataque, que ocorreu no 15º andar do prédio, onde funciona a Gerência de Filial do Fundo de Garantia (Gifug). O autor do ataque atuava no setor como escriturário.
No andar do edifício trabalham cerca de 50 pessoas. Funcionários que presenciaram o ocorrido foram orientados a não passar informações para a imprensa.
Logo após o ataque, parentes de pessoas que trabalham no local foram para o portão do edifício para tentar obter informações sobre o ocorrido. Equipes da Polícia Civil e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram dentro do prédio ouvindo testemunhas, enquanto duas viaturas da Polícia Militar ficaram posicionadas do lado de fora do edifício.
Em nota, a Caixa informou que os detalhes sobre o ocorrido serão repassados exclusivamente às autoridades policiais. A empresa divulgou, ainda, que está contribuindo com o trabalho de investigação e prestando suporte aos empregados e familiares envolvidos.
O superintendente Anselmo Cunha, classificou a situação como uma "tragédia". "No momento, estamos dando apoio às pessoas que trabalham com os colegas que presenciaram o fato. Infelizmente, foi uma tragédia. A gente tem mesmo é que lamentar e aguardar para ver os desdobramentos dos fatos", destacou.
O presidente do Sindicato dos Bancário da Bahia, Augusto Vasconcelos, também esteve no local, mas evitou falar sobre a situação e disse apenas que "todos estamos consternados" com o crime.
Reprodução/G1