A operação Pater Criminis foi deflagrada nesta terça-feira (20) pela Polícia Federal do Amazonas. É para desarticular uma organização criminosa que praticava fraudes contra a Previdência Social. Foram cumpridos três mandados de prisão, três de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva em Manaus e em Goiânia. As investigações mostraram que o grupo atuava no Presídio de Puraquequara, na capital amazonense, recrutando detentos e mães com filhos menores de idade sem pai registrado para participar de fraudes para obtenção do benefício de auxílio-reclusão. Segundo a Polícia Federal, os agenciadores realizavam os trâmites de reconhecimento voluntário de paternidade em nome dos detentos, efetivando a averbação na certidão de nascimento da criança. Com isso, a organização solicitava o benefício de auxílio-reclusão com base no dependente.
Fraudes envolviam R$ 200 mil
O objetivo era receber o período atrasado ou retroativo que, em alguns casos, chegava a quase R$ 200 mil, valor que seria dividido entre o instituidor do benefício e os agenciadores.
De acordo com a Polícia Federal, há a suspeita de que a organização criminosa falsificava as certidões de nascimento, modificando a idade da criança, para permanecer durante um maior período recebendo o benefício. O grupo também é acusado de inserir informações inexistentes na carteira de trabalho dos detentos, como forma de provar sua qualidade de segurado à época da prisão.
A Polícia Federal informou ainda que o acusado de ser o líder do esquema já foi preso pelo crime de roubo. Um dos investigados também já foi condenado por diversos crimes de estelionato previdenciário. Os nomes não foram revelados.
Reprodução: Agência Brasil