Frequentadores dos bares e restaurantes localizados no polo de lazer nos antigos armazéns do Porto do Recife, no Centro da cidade, viveram momentos de pânico na noite de domingo (18). Adolescentes provocaram um tumulto e tentaram fazer um arrastão, obrigando os estabelecimentos do Recife Antigo a fechar mais cedo.
Fuzileiros navais da ‘Operação Leão do Norte’, policiais militares e guardas municipais agiram rapidamente e detiveram pelo menos 30 jovens. Todos foram levados para a Central de Plantões da Polícia Civil, na Zona Norte, e liberados em seguida.
A confusão começou pouco depois das 20h. Os jovens se reuniram no cais, em frente aos bares e restaurantes. Eles soltaram fogos de artifício e começaram a correr. Em seguida, tentaram roubar objetos de quem estava na área. Assustados, os clientes se esconderam nos estabelecimentos. Cadeiras e mesas foram derrubadas. Pratos e copos caíram no chão. Crianças começaram a chorar.
Imediatamente, os fuzileiros navais, de um batalhão do Rio Grande do Norte, responsável pelo patrulhamento na região, começaram a agir. Com armas de grosso calibre e apoio da PM e da Guarda Municipal abordaram os adolescentes. Pelos menos 30 adolescentes, com as mãos na cabeça, foram colocados contra a mureta de proteção do cais e acabaram sendo revistados.
Alguns foram colocados no chão. Muitos não tinham documentos. Depois de 15 minutos de tensão, os fuzileiros navais, PMs e guardas escoltaram os jovens e levaram o grupo para a Central de Plantões. Na área, o sentimento era de desespero.
Vendedores ambulantes contaram que esses tumultos estão acontecendo com frequência na área do Marco Zero do Recife. O gerente de um dos bares, que preferiu não ser identificado, anunciou que fecharia o estabelecimento por ter medo de danos ao espaço e para preservar a integridade física dos funcionários.
Em outras áreas do centro do Recife, era possível observar, na noite de domingo, grande presença das Forças Armadas. Também foram registrados tumultos em outras localidades, como na Avenida Rio Branco, onde era realizada uma apresentação de músicas de Natal. Os fuzileiros navais acreditam que as confusões provocadas pelos adolescentes são marcadas pelas redes sociais.
Reprodução: G1