Política

Neto afirma que Câmara é livre para reajustar salário, mas manda recado

Prefeito fará a primeira reunião com novos secretários no dia 28 de dezembro

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 src=O prefeito ACM Neto (DEM) está com 90% dos nomes do novo secretariado fechados, conforme afirmou na chegada ao ato de diplomação na tarde desta quinta-feira (15) no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). Entre a próxima quinta (22) e sexta-feira (23) o anuncio deve ser feito, contudo, a data limite é dia 28, quando será feita a primeira reunião geral da equipe que o acompanhará no início do próximo mandato.

Nesta semana Neto esteve em Brasília conversando com líderes nacionais do DEM, PSDB, PMDB e PRB. A reforma administrativa foi aprovada pela Câmara Municipal. No entanto, outra matéria a ser apreciada pelos edis ainda nesta legislatura é que vem “roubando a cena”: o reajuste salarial.

Neto manteve as últimas declarações nas quais afirmou que o Executivo não terá reajuste. Prefeito, vice-prefeito, secretários e funcionários em cargo comissionados entrarão 2017 com os mesmos ordenados de 2016, contudo, o prefeito preferiu deixar a decisão sobre os rendimentos de vereadores para os vereadores.

“Não posso falar pela Câmara, pois tenho que respeitar a autonomia entre os poderes, mas o Executivo não terá”. O prefeito afirma que se colocou à disposição do presidente da Casa, Paulo Câmara (PSDB), para buscar uma saída legislativa que possibilite uma flexibilização no projeto. Isso porque se não houver reajuste neste final de ano, apenas no final de 2019 é que poderá ser aprovado.

“Teremos pelo menos seis meses para ver como se comportará a economia e contas públicas. Estamos adotando medidas duras. Fico com o coração apertado, acreditem, pois estamos demitindo gente. Temos como fazer. É descabido falar de reajuste. Não terá o meu apoio, nem minha concordância. Postergar (o reajuste) para o futuro pode ser um caminho”.

No que se refere ao reajuste linear dos servidores, Neto diz que apenas em maio, período da data base, é que trará o assunto para a agenda. “No momento certo, a partir de maio, vamos tratar”. Após esta declaração, voltou a afirmar que apoia um “tipo de solução legislativa. A Câmara pode produzir algo neste sentido. A deliberação de agora vincula por quatro anos. Quem sabe uma saída para que quando a crise for superada. Insisto, para agora, não há hipótese ou condições para falar deste assunto”.

Embora diga que respeitará as decisões dos vereadores, a mensagem está clara e endereçada aos próprios edis. Nos números e na moral, o reajuste, neste momento de cortes abruptos e desemprego, não parece ser a melhor saída.

O prefeito reeleito e diplomado se recusou a falar sobre 2018. A pergunta recorrente em todas as coletivas e que continuarão sendo feitas ao longo dos próximos dois anos foi respondida de forma seca. “Estou preocupado com o final de 2016 e 2017. O desafio é manter o equilíbrio das contas, pagar as obrigações em dias, não atrasar servidores, fornecedores. Realizar as obras em andamento e os compromissos de campanha como BRT e hospital municipal”.

Reprodução: Bocão News