As compras de fim de ano vão além do usual, incluindo peru, panetone e bebidas típicas. Alguns dos produtos, como passas e ameixas, são embalados longe da visão do consumidor. Para garantir que o peso na etiqueta esteja de acordo com o exibido na balança, a Operação Natal Seguro, realizada pelo Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), fiscaliza estabelecimentos na capital e no interior da Bahia.
A coleta de material para a fiscalização começou na segunda-feira (12). Segundo o diretor-geral do Ibametro, Randerson Leal, os produtos são levados para o laboratório do órgão, onde são medidos, pesados e avaliados. “Constatada a irregularidade, o estabelecimento vai ser autuado e terá o prazo de dez dias para fazer a defesa administrativa. Se essa defesa não for acatada, a multa varia de R$ 1,5 mil até R$ 1,5 milhão, a depender do tipo da irregularidade e se é reincidência ou não, para o comerciante ou para o fabricante”.
A dona de casa Adriana Barbosa, 30 anos, se sente mais segura para fazer as compras depois de ter encontrado os fiscais em um supermercado de São Caetano. “Sem a fiscalização, corremos o risco de comprar água e gelo na embalagem do peru, por exemplo. Pode ser que a gente pague até mais de R$ 100 em um produto que não vale R$ 70”. O consumidor que desconfiar de algum estabelecimento ou produto também pode acionar o órgão pelo telefone 0800-071-1888 ou por meio do site do Ibametro (http://www.ibametro.ba.gov.br/).
Mais confiança
A Associação dos Supermercados da Bahia (Abase) espera um aumento de 2% nas vendas deste ano no período de Natal. Mas o gerente de supermercado Wildenberg Neto é mais otimista. Ele acredita que os negócios vão crescer 20% e entende que a fiscalização do Ibametro é importante também para os empresários.
“Para mim, é necessário que o Ibametro atue porque fortalece o nosso sistema, dá credibilidade e confiança de que a empresa está trabalhando certo. Isso mostra a nossa dedicação de anos e anos trabalhando para atender o público e ajuda coibir a má gestão”, destaca Wildenberg.
Além dos produtos para a ceia, o Ibametro ainda avalia os brinquedos. Campeões de vendas, eles levam alegria para as crianças, mas podem apresentar riscos. Mayane Reys, 24, é mãe de Guilherme, de quatro anos, e já tomou um susto por causa de um brinquedo impróprio para crianças pequenas. “Aconteceu uma vez de comprar um brinquedo com uma peça solta. Meu filho tirou a peça e colocou na boca. Eu dei sorte de ver. É perigoso, pode acontecer um acidente. Ele pode engolir alguma peça. A fiscalização evita isso”.
Fonte: Secom