O novo julgamento da viúva Adriana Ferreira Almeida, acusada de ter encomendado a morte do marido, o ganhador da Mega-Sena Renné Senna, está acontecendo nesta terça-feira, no Fórum de Rio Bonito. O crime aconteceu em 2007, dois anos após ele ter sido contemplado com R$ 52 milhões. E só agora, quase dez anos mais tarde, é que o caso se aproxima do fim. Adriana foi inocentada em 2011, mas a sentença foi anulada em 2014 pelo Tribunal de Justiça. Isso porque o motorista Otávio dos Santos Pereira, genro do milionário, denunciou quebra de incomunicabilidade de dois jurados. Segundo o Código de Processo Penal, nesses casos, é decretada a nulidade do julgamento, já que os jurados não podem ter contato entre si, com testemunhas ou com o mundo exterior, para evitar que sejam influenciados. Eles teriam ido a um posto de gasolina em frente ao hotel.
Os executores, Anderson de Souza e Ednei Pereira, ex-seguranças de Renné, e que teriam sido contratados por Adriana, foram condenados em 2009 a 18 anos de prisão.
Ex-lavrador, Renné Senna começou o relacionamento com Adriana, 25 anos mas nova que ele, ainda em 2005, após ganhar os R$ 52 milhões. Segundo pessoas próximas a Renné, ele tentava se aproximar dela antes, mas só teve sucesso após conquistar o prêmio. E logo colocou a viúva em seu testamento como herdeira de metade de seus bens.
Com o relacionamento, Adriana abandonou o emprego de cabeleireira e foi morar com Renné em uma fazenda, avaliada na época em R$ 9 milhões.
A morte do milionário
No dia 7 de janeiro de 2007, Renné estava num bar perto de sua fazenda quando dois homens encapuzados chegaram numa moto. O garupa efetuou vários disparos, matando o milionário na hora. Renné, que havia perdido as duas pernas por complicações de diabetes, foi atingido na nuca, na têmbora esquerda, no olho e no queixo. Adriana foi acusada pela família da vítima de ser a mandante da execução.
Reprodução: O Globo/ Foto: Ronie Farias / Extra