O vereador Hilton Coelho (PSOL) reafirmou nesta terça-feira (6) sua candidatura à Presidência da Câmara Municipal de Salvador “porque as demais postulações representam a continuidade de submissão aos interesses do Poder Executivo.
Há total ausência de autonomia em relação ao prefeito ACM Neto (DEM), rejeição às contribuições da sociedade civil organizada, debates bloqueados ou insuficientes, autoritarismo absurdo na forma de lidar com as demandas dos servidores e servidoras da Casa.
Esse é o saldo das duas últimas gestões na Casa. Apresentamos nossa candidatura como um desafio à próxima legislatura se quer ser independente ou submissa”.
O psolista lembra que a Casa “protagonizou a aprovação, sem o devido debate interno e com a sociedade, de legislações fundamentais, a exemplo da Reforma Tributária, do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (LOUOS).
Todas, em tese, com um enorme potencial de impactar positivamente na cidade, mas que, ao contrario, irão condicionar Salvador cada vez mais a um caminho de desigualdade já gritante e aprofundar sua segregação racial e social.
Tudo em consonância com a concepção da chamada ‘Cidade dos Negócios’, na prática, a venda da cidade a grandes grupos econômicos, defendida pelos que dirigem o Executivo”.Hilton Coelho detalha alguns exemplos do que qualifica como abismo entre os conteúdos aprovados na Câmara e os interesses da população de Salvador.
“O legislativo aceitou a proposta do Executivo de criar pedágios dentro do município por meio da construção da famigerada Linha Viva, bem como atrelou o aumento dos subsídios dos vereadores ao reajuste dos deputados estaduais, de forma automática, retirando a possibilidade de discussão sobre o tema pela sociedade. Exemplos como esses apenas ampliam o fosso existente entre o sentimento popular e a representação parlamentar”.
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