O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2014 foi de R$ 5,78 trilhões. Entre as unidades da federação, o maior PIB foi o de São Paulo (R$ 1,86 trilhão). Em seguida vieram Rio de Janeiro (R$ 671,08 bilhões), Minas Gerais (R$ 516,63 bi) e Rio Grande do Sul (R$ 357,82 bi), que voltou a ser a quarta economia nacional, posição que tinha perdido para o Paraná em 2013. Já os três estados no final desse ranking são da região Norte: Roraima (R$ 9,74 bi), Amapá (R$ 13,40 bi) e Acre (R$ 13,46 bi).
Em 2014, cinco estados concentravam 64,9% da economia do país
Os cinco estados com as maiores participações no PIB do país em 2014 – São Paulo (32,2%), Rio de Janeiro (11,6%), Minas Gerais (8,9%), Rio Grande do Sul (6,2%) e Paraná (6,0%) – concentravam 64,9% da economia brasileira.
Entre 2002 e 2014, São Paulo se manteve como o maior PIB brasileiro, embora sua participação no PIB do país tenha recuado de 34,9%, em 2002, para 32,2%, em 2014. Nesse período, as cinco maiores economias brasileiras mantiveram suas posições, exceto em 2013 quando o Rio Grande do Sul se alternou com o Paraná, que voltou à quarta posição em 2014.
São Paulo perdeu participação em quase todas as atividades no período: indústria (-6,4 pontos percentuais), serviços (-1,5 p.p.) e agropecuária (-6,4 p.p.). O estado ganhou participação na indústria extrativa (4,0 p.p.), devido ao início da extração de petróleo no pré-sal e, ainda, em três atividades dos serviços: transportes, armazenagem e correios (1,0 p.p.); informação e comunicação (4,7 p.p.); e educação e saúde privadas (1,1 p.p.).
Entre as 27 unidades da federação (UFs), Minas Gerais foi a que mais ganhou participação de 2002 a 2014, (0,6 p.p.). Vieram a seguir Santa Catarina e Mato Grosso (0,5 p.p. cada), Espírito Santo e Pará (0,4 p.p., ambos). Além de São Paulo (-2,7 p.p.), também perderam participação nesse período o Rio de Janeiro (-0,8 p.p.), Rio Grande do Sul (-0,4 p.p.), Distrito Federal (-0,2 p.p.), Bahia (-0,1 p.p.), Alagoas (-0,1 p.p.) e Sergipe (-0,1 p.p.).
O líder em PIB per capita continua sendo o Distrito Federal
O PIB per capita do país em 2014 foi de R$ 28.500,24. Entre as 27 unidades da federação, o líder continua sendo o Distrito Federal (R$ 69.216,80), seguido por São Paulo (R$ 42.197,87) e Rio de Janeiro (R$ 40.767,26). Na tabela abaixo, temos a evolução da razão entre o PIB per capita dos estados e o do Brasil entre 2002 e 2014.
Os líderes em PIB per capita de cada uma das cinco regiões eram: Amazonas (Norte); Sergipe (Nordeste); São Paulo (Sudeste); Santa Catarina (Sul) e Mato Grosso (Centro-Oeste, exclusive o Distrito Federal). Por ser a capital federal e ter uma população relativamente pequena, o Distrito Federal é um caso peculiar.
Os seis estados com os menores PIB per capita eram do Nordeste, concentravam 20,4% da população e somente 9,7% do PIB do país: Maranhão (R$ 11.216,37), Piauí (R$ 11.808,08), Alagoas (R$ 12.335,44), Paraíba (R$ 13.422,42), Ceará (R$ 14.255,05) e Bahia (R$ 14.803.95).
Em relação a 2013, Tocantins mostrou o maior crescimento: 6,2%
Em 2014, o PIB do país cresceu 0,5% em relação a 2013, principalmente pela alta de 2,8% na agropecuária. Já a indústria recuou 1,5% e os serviços cresceram 1,0%. Nesse período, a unidade da federação com o maior crescimento foi o Tocantins (6,2%), influenciada pela agricultura, pelo comércio e pela construção. Piauí (5,3%), Alagoas (4,8%), Acre e Mato Grosso (4,4%, ambos) vieram a seguir. Em sentido contrário, Paraná (-1,5%), São Paulo
(-1,4%), Minas Gerais (-0,7%) e Rio Grande do Sul (-0,3%) fecharam 2014 em queda, principalmente devido à indústria de transformação.
De 2002 a 2014, Tocantins, Mato Grosso e Piauí foram as UFs que mais cresceram
Entre 2002 e 2014, o estado que mais cresceu foi Tocantins (113,0% e média de 6,5% ao ano), seguido pelo Mato Grosso (105,6% e média de 6,2% a.a.), Piauí (86,4% e média de 5,3% a.a.), Amapá (86,3% e média de 5,3 % a.a.) e Rondônia (85,2% e média de 5,3% a.a.). As regiões Sul (42,7% e média de 3,0% a.a.) e Sudeste (45,9% e média 3,2% a.a.) cresceram abaixo da média nacional (50,7% e média de 3,5% a.a.).
Nas demais regiões, o crescimento foi acima da média brasileira e apenas em dois estados do Nordeste o PIB cresceu menos: Rio Grande do Norte (43,2% e média de 3,0% a.a.) e Alagoas (49,9% e média de 3,4% a.a.), como mostra a tabela a seguir.
No Amapá, a remuneração dos empregados representa 58,5% do PIB
Em 2014, sob a ótica da renda, a remuneração do trabalho foi responsável por 43,5% do PIB do país. O Nordeste é onde essa remuneração tem a maior participação no PIB regional (47,3%), com o Centro-Oeste (45,1%) a seguir. Nesta região, o Distrito Federal, que concentra a maior parte da administração pública federal, tem a terceira maior participação da remuneração dos empregados (55,1%) no PIB.
Na região Norte, a remuneração do trabalho tem 44,2% de participação no PIB, também superando a média do país (43,5%). Ali estão os dois estados brasileiros onde essa componente tem mais peso: Amapá (58,5%) e Roraima (55,4%).
O Sudeste concentra 54,9% da economia brasileira e 42,6% do seu PIB vêm da remuneração do trabalho. Já a participação dessa componente no PIB da região Sul é de 42,3%.
Na tabela abaixo, outras informações a respeito do PIB das unidades da federação segundo a ótica da renda.
Fonte: Comunicação Social IBGE