Apesar de não ser oficial, a disputa pela presidência da Câmara de Vereadores de Salvador deve ser concentrada em duas forças da base aliada do prefeito ACM Neto (DEM): o atual presidente, Paulo Câmara (PSDB), e o vice-líder do governo, Léo Prates (DEM). Outros nomes até então citados figuram no duelo apenas – e só apenas – como satélites. Dos dois concorrentes, duas estratégias bem distintas podem ser observadas.
Léo Prates aposta no anúncio de apoios – só na última semana conquistou a simpatia de parcela majoritária do DEM e do PV, o voto de Ana Rita Tavares (PMB) e a desistência do então candidato – desacreditado por boa parte da Casa – Geraldo Jr. (SD).
Já Câmara, que detém o próprio legislativo como suporte, articula nos bastidores e só deve se apresentar como candidato quando estiver mais próximo da eleição.
Para quem acompanha o dia-a-dia da Câmara de Salvador há algum tempo, o tucano ainda possui uma gordura confortável para Prates conseguir queimar com os mini anúncios de apoio.
Basta reconhecer que alguns dos apoiadores do democrata são desafetos antigos de Câmara e de aliados, como, por exemplo, o cabo eleitoral deslocado de legislativo Marcell Moraes.
O deputado estadual mudou de Casa, mas não consegue superar a Câmara e o resultado é o apoio de Henrique Carballal (PV) e Ana Rita Tavares a Prates, em desagravo à ligação de Câmara e Marcell.
A disputa ainda está em aberto e, caso o prefeito mantenha o afastamento prometido, dificilmente será encerrada muito tempo antes da votação, que acontece apenas em 2 de janeiro.
(Bahia Notícias) (AF)