O número de mortes por afogamento no Rio São Francisco em Juazeiro, na região norte da Bahia, teve um aumento de 60% em relação ao ano passado, segundo dados do Corpo de Bombeiros da cidade.
A imprudência dos banhistas é apontada como um dos fatores que contribuem para o aumento das mortes, segundo o órgão. Além disso, muitos afogamentos ocorrem em áreas impróprias para banho e que não possuem sinalização.
Em 2015, segundo os Bombeiros, foram registrados cinco casos de afogamentos com mortes. Em 2016, até o mês de novembro, já são oito mortes.
Uma das áreas impróprias para banho fica localizada nas proximidades da Marinha, mas é bem frequentada por banhistas. "O local não é sinalizado, a correnteza é muito forte e, além disso, a profundidade é um fator de alto risco para que leve ao afogamento", afirma o bombeiro Elton Gonçalves.
"O maior problema dos afogamentos é a imprudência e a ingestão de bebida alcoolica em áreas que também não são apropriadas para banho. Tudo converge para acontecer uma tragédia", destaca o major Tarcísio Ribeiro, comandante do 9º Grupamento do Corpo de Bombeiros.
O porto pluvial de Juazeiro também é um lugar perigoso onde as pessoas insistem em tomar banho. Na semana passada, um casal de namorados morreu afogado. Segundo os Bombeiros, dois casais tomavam banho e bebiam no local, quando uma das mulheres, de 34 anos, começou a se afogar. O namorado dela, de 37 anos, tentou salvá-la, mas acabou também se afogando.
Os corpos das vítimas foram achados a 10 metros da margem e a 6 metros de profundidade por mergulhadores dos bombeiros. Eles foram encontrados abraçados.
"As pessoas devem observar as áreas apropriadas para tomar banho, devem procurar bombeiros militares ou guarda-vidas para procurar saber a profundidade e se há risco de afogamento", destaca o major.
A prefeitura de Juazeiro informou que está discutindo um plano para o uso do Rio São Francisco, mas não informou um prazo para o início das sinalizações de áreas para o banho.
Reprodução/G1