Brasil

Empresas de alto crescimento geraram 46,7% dos postos de trabalho, diz IBGE

As 31.223 empresas de alto crescimento existentes em 2014, cujo aumento do número de empregados era de pelo menos 20% ao ano por um período

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Pesquisa aponta que brasileiros são a favor de ações que reduzam espaço de veículos particulares nas ruas (José Cruz/Agência Brasil)As 31.223 empresas de alto crescimento existentes em 2014, cujo aumento do número de empregados era de pelo menos 20% ao ano por um período de três anos consecutivos, geraram 46,7% dos postos de trabalho entre 2011 e 2014. A constatação é da pesquisa Estatísticas de Empreendedorismo 2014, divulgada hoje (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Instituto Empreender Endeavor Brasil.

Segundo o estudo, as empresas de alto crescimento com dez ou mais pessoas ocupadas assalariadas em 2011 representavam apenas 1,3% do total de empresas ativas com ao menos uma pessoa ocupada assalariada. Ainda assim, entre 2011 e 2014, elas apresentaram um crescimento de 175% no número de pessoal ocupado, passando de 1,6 milhão de pessoas em 2011, para 4,4 milhões em 2014, um incremento de 2,8 milhões de postos de trabalho.

Embora em termos absolutos o maior número de empresas de alto crescimento esteja no setor de serviços (são 9.931), foi o setor de construção que apresentou a maior proporção de empresas de alto crescimento no total de empresa ativas com dez ou mais pessoas assalariadas: 9,6%. As atividades econômicas que concentram essas empresas são foram comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (26,5%); indústrias de transformação (20,5%); e construção (12,2%).

Arrecadação

A pesquisa do IBGE constatou ainda que, em relação ao valor adicionado bruto, agregado aos bens e serviços  no processo produtivo, as empresas de alto crescimento geraram, em 2014, R$ 241,4 bilhões, o equivalente a 12,8% do total de R$ 1,8 trilhão gerado nas empresas ativas com dez ou mais assalariados.

Já o valor adicional médio (valor adicionado bruto dividido pelo número de empresas) das empresas de alto crescimento foi de R$ 8,2 milhões, acima, portanto, do verificado entre as empresas com dez ou mais pessoas ocupadas assalariadas (R$ 4,4 milhões). 

Quedas 

Apesar na importância tanto do ponto de vista do número de empregos quanto em relação ao valor adicional bruto gerado, o levantamento do IBGE constatou queda pelo segundo ano consecutivo no número de empresas de alto crescimento. Em 2013 a redução foi de 5,2%, e em 2014 este recuo chegou a 6,4%.

Em 2014, existiam, no Brasil, 31.223 empresas de alto crescimento, que ocupavam cerca de 4,4 milhões de pessoas assalariadas e pagavam R$ 103,2 bilhões em salários e outras remunerações. Foram registradas quedas também no pessoal ocupado assalariado, de 10,4%; e nos salários e outras remunerações pagas por elas, de 4% em valores nominais. Em 2013, estes recuos tinham sido menos intensos:  -5,8% no de pessoal assalariado; e -1,1% no volume dos salários e outras remunerações pagos.

Postos assalariados

Apesar de representar “uma parcela pequena” no total das empresas ativas no Brasil, em 2014, as empresas de alto crescimento em três anos chegaram a gerar 2,8 milhões de postos assalariados, destacando-se em termos de crescimento do número de postos de trabalho assalariados.

De 2011 para 2014, o número de pessoal assalariado das empresas de alto crescimento passou de 1,6 milhão de pessoas para 4,4 milhões, um incremento de 2,8 milhões de pessoas ocupadas assalariadas – variação de 175% e representando crescimento de 46,7% no número de postos gerados em empresas com uma ou mais pessoa assalariada.

Regiões

A região Sudeste do país concentra maior número de unidades locais de empresas de alto crescimento (48%). Mas proporcionalmente, o maior percentual dessas empresas está na região Norte (9,4%), seguida por Centro-Oeste (9,2%), Nordeste (8,9%), Sul (8,2%) e Sudeste (7,9%).

No caso da representatividade em termos de pessoal ocupado, o Norte também aparece em primeiro, com 19,3%, seguido por Nordeste (18,6%), Centro-Oeste (17,4%), Sudeste (14,6%) e Sul (12,8%).

Agencia Brasil