Brasil

Força Nacional reforça segurança para RJ votar pacote anticrise

Servidores públicos prometem realizar protesto em frente à Assembleia

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 src=O estado do Rio de Janeiro terá reforço da Força Nacional de Segurança nesta quarta-feira (16), para auxiliar no policiamento durante manifestação prevista em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que começará a votar o pacote com medidas de austeridade do governo. O pedido foi feito pelo governador Luiz Fernando Pezão. Veja a nota do Ministério da Justiça e Cidadania no final do texto.

O contingente da Força Nacional ficará no Riopor 15 dias, mas o efetivo não foi informado.

Servidores públicos prometem comparecer a um protesto contra o pacote, marcado para às 10h, em frente à Alerj.

O prédio da Alerj foi cercado no domingo (13), poucos dias após os protestos de servidores contra o pacote de medidas do governo para combate à crise no estado. Três carros da Polícia Militar (PM) também faziam o patrulhamento na frente do edifício. A sede do Legislativo chegou a ser invadida por manifestantes há uma semana.

Grades foram colocadas em volta de todo o Palácio Tiradentes. O custo da colocação do equipamento foi de R$ 20 mil, e o trabalho está a cargo da empresa de engenharia responsável pelo restauro das fachadas externas do complexo.

Nesta quarta, o presidente da casa, Jorge Picciani (PMDB-RJ), deve receber representantes de seis sindicatos. O encontro está marcado para as 12h.

O conjunto de medidas anunciado pelo Governo do Rio de Janeiro para equilibrar as contas públicas prevê, entre outras coisas, a redução no número de secretarias, o fim de alguns programas sociais e o aumento da tarifa do Bilhete Único de R$ 6,50 para R$ 7,50 em 2017. Também estava previsto o aumento do desconto previdenciário de 11% para 14%, mas o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, desistiu da cobrança extra.

Protestos com tumulto
A semana foi de protestos contra o pacote de medidas do governo do estado que foi enviado à Alerj. Entre as medidas previstas, estão a suspensão de reajustes salariais já concedidos, o corte de gratificações pagas a comissionados, o fim de programas sociais e a extinção de órgãos públicos. Houve repressão da polícia em todos os protestos, menos o de terça-feira (8).

Na última sexta (11), ocorreu o terceiro protesto em uma semana contra a crise financeira do governo estadual e contra a PEC que prevê um teto para os gastos públicos. Por volta das 20h40, começou um tumulto com correria perto da Alerj, depois da chegada de um grupo de mascarados no local, que explodiu artefatos e jogou pedras na direção dos policiais. A polícia também usou spray de pimenta e bombas de efeito moral.

Três pessoas foram detidas. Várias vias da região foram fechadas durante a passeata.

Na terça (8), servidores da segurança pública do estado chegaram a invadir a Assembleia Legislativa em protesto contra o pacote. O grupo entoava gritos de guerra como "Uh, é Bolsonaro" e "Ô Picciani, pode esperar, a tua hora vai chegar", em referência ao presidente da casa, Jorge Picciani, que declarou apoio ao pacote do governo do estado contra a crise.

Veja a nota do Ministério da Justiça e Cidadania

NOTA À IMPRENSA
Hoje, 15/11/16, o governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza, solicitou ao Ministério da Justiça e Cidadania o apoio da Força Nacional naquele estado, com o objetivo de apoiar na preservação da ordem pública, por ocasião das medidas de ajustes propostas pelo Poder Executivo estadual, e que já ocasionou graves transtornos à segurança pública do estado. Dessa forma, o ministro Alexandre de Moraes autorizou o deslocamento imediato de um efetivo da Força Nacional para a cidade do Rio de Janeiro a fim de atender ao solicitado, por um prazo inicial de 15 dias.

Assessoria de Comunicação Social do gabinete do Ministro da Justiça e Cidadania.

Reprodução: G1