Bahia

Preço do camarão deve subir até o verão

Com a chegada do verão, o consumo desse produto aumenta e, junto com essa demanda, acontece à elevação do preço

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Resultado de imagem para Preço do camarão deve subir até o verãoPresença constante em diversas receitas da culinária baiana, o camarão é uma iguaria que agrada o paladar de muita gente.  Com a chegada do verão, o consumo desse produto aumenta e, junto com essa demanda, acontece à elevação do preço. Mas o preço deve subir até o verão,  principalmente principalmente em razão de doenças registradas em criadouros. 

Um dos locais onde essa fartura pode ser encontrada é no Mercado Popular, no bairro de Água de Meninos. O preço do camarão pequeno, também conhecido como “sete barbas”, custa R$ 25, o quilo. Já o  médio tem o valor de R$ 30 na mesma medida e o “pistola” tem seu preço variando entre R$ 35 e R$ 48 – a diferença, neste caso, é que o primeiro é criado em cativeiro e o segundo é oriundo do mar.  

Além destes, o filé de pistola vale R$ 50, o quilo, o mesmo preço do camarão seco. Em outros pontos da cidade, como no Mercado das Sete Portas, o camarão seco está custando R$ 48, o quilo. Já na Feira de São Joaquim, enquanto o filé de camarão tem seu preço variando entre R$ 25 e R$ 27, o pistola tem o valor de R$ 32. 

De acordo com Luis Carlos de Jesus, vendedor do Mercado Popular há 13 anos, os preços praticados atualmente sofreram um reajuste há cerca de três meses, na casa dos 20%. Para a estação mais esperada do ano, a expectativa é a de que os preços tenham novo aumento. A justificativa apontada por ele é uma doença que afetou criadouros do crustáceo nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, principal origem do produto vendido na feira. 

“Eu só teria como segurar os preços até dezembro. Do contrário, terei que repassar ao consumidor, já que a quantidade do produto diminuiu. Se eles conseguirem resolver esse problema lá, acredito que possa ter até mesmo baixa”, disse. Questionado sobre os fornecedores aqui na Bahia, Jesus contou que os preços praticados não compensariam o investimento, já que são mais caros. 

Contudo, além dos camarões frescos, os tipos seco e defumado também passaram por reajuste recente, conforme explica a vendedora Maria Joselita dos Santos, que há 17 anos também trabalha em Água de Meninos. “Há um ano esse preço estava três vezes menor. Atualmente, estou comprando o quilo a R$ 45, de um fornecedor em Alagoas”, contou. Mas, segundo ela, os dois tipos não devem sofrer reajuste no verão. 

Para os consumidores que foram até o mercado na manhã de ontem, o valor cobrado ainda está razoável. “Eu prefiro comprar o produto fresco e não gosto comprar em mercados. A qualidade aqui é melhor. Acho que o preço está normal”, falou o administrador Marcos Silva. 

“Também estou achando o preço igual em todos os lugares que vou. A diferença está no tamanho mesmo. Mas, o camarão é um produto que a gente ainda não tem como fazer um consumo contínuo. Se não, pesa no bolso”, comentou o comerciante Antônio Carlos Campos. 

Estrutura improvisada 

Há quase um ano, o Mercado Popular vem passando por uma reforma para a melhoria da sua estrutura e, por conta disso, os comerciantes instalados no local foram realocados para um espaço improvisado, onde funcionava um estacionamento. Inicialmente orçado em R$ 1,2 milhão pela Prefeitura de Salvador, a expectativa era de que as intervenções levassem cerca de 180 dias. 

Após esse período, no entanto, nada mudou. Os vendedores continuam trabalhando no mesmo local, tendo que conviver com a queda nas vendas e o forte mau cheiro presente diariamente. 

“A baixa foi de 40%. Tínhamos uma clientela fiel, mas agora ninguém quer vir para um lugar como esse”, disse Luis Carlos de Jesus, ressaltando que foi feita uma manifestação, na semana passada. “Isso aqui era para ser um espaço provisório, mas há quase um ano está esse absurdo”, reclamou Marcos Silva, após realizar compras no local. 

A reportagem da TB entrou em contato com a Secretaria Municipal de Manutenção (Seman), que está realizando a requalificação do espaço e foi informada, através da assessoria de comunicação, que obras estão 95% concluídas, sendo que a parte estrutural já está montada, assim como a de comunicação visual. 

A expectativa é de que, após uma vistoria técnica a ser realizada pela Secretaria de Ordem Pública (Semop), – órgão que administra o espaço – uma data para a reabertura do Mercado Popular seja definida.

Reprodução: Tribuna da Bahia