Bahia

Ford anuncia retorno da produção noturna em Camaçari em fevereiro

Empresa diz que decisão adequa produção à demanda dos consumidores.

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Fábrica da Ford em Camaçari, Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)A empresa Ford anunciou a reabertura da produção do turno noturno de produção na Fábrica de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, a partir de fevereiro de 2017. O turno havia sido encerrado em março deste ano.

Conforme comunicado da empresa, a decisão faz parte da adequação da produção à demanda dos consumidores, com o aumento da procura por linhas de carros produzidas em Camaçari.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, Júlio Bonfim, diz que a conquista faz parte de um acordo entre a entidade e a empresa, a fim de garantir o retorno de cerca de 600 trabalhadores a partir de dezembro deste ano. Com o começo do “layoff”, em que o terceiro turno foi suspenso, aproximadamente 900 funcionários também tiveram os contratos de trabalho suspensos, segundo o sindicato.

“De lá para cá, suspendemos hora extra para pressionar a empresa a negociar. Conseguimos o retorno de 245 trabalhadores até agora”, diz o sindicalista. Com o acordo assinado com a empresa, de acordo com o sindicato, cerca de 80 trabalhadores devem retornar ao trabalho em dezembro deste ano, e 516 em janeiro de 2017.

Contatada pelo G1, a empresa afirmou que  voltarão ao trabalho cerca de 400 trabalhadores que estavam em "layoff". A Ford não informou o total de funcionários que tiveram os contratos suspensos em março.

Júlio Bonfim afirma ainda que para garantir o retorno do turno da noite foi preciso negociar com a Ford a diminuição do adicional noturno de 44.29% para 37.14%, até dezembro deste ano.

Quando fez o anúncio do encerramento da produção do turno da noite, a empresa informou que a medida ocorria "em função da significativa desaceleração do mercado automotivo e da decorrente queda no volume de produção" na unidade.

No período de "layoff", os trabalhadores recebem parte dos salários pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e precisam frequentar cursos de requalificação profissional indicados pela própria empresa.

Reprodução: G1 – BA