Para salvar sua impopular reforma da Previdência, que impõe pesadas perdas aos trabalhadores, Michel Temer está fazendo de tudo para conseguir o apoio dos líderes das centrais sindicais — até agora fortes opositores das mudanças. A ideia de Temer é impulsionar o crescimento da Força e da União Geral dos Trabalhadores (UGT) para tentar rachar o movimento sindical, reduzir a oposição às reformas trabalhistas e esvaziar ações contra o governo planejadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior central brasileira e ligada ao PT.
Às vésperas de apresentar o texto com as propostas, o governo federal anunciou R$ 100 milhões em convênios para que elas toquem cursos de capacitação profissional. Além disso, o governo acenou ainda com ampliação da participação dos sindicatos na gestão e mobilizou até o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para falar com os grupos.
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