Bahia

Centro de Referência LGBT oferece orientações sobre mudança de nome social

As denúncias também podem ser feitas online, por meio do site ou através do WhatsApp do observatório (71) 98622-5494

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 src=O Centro de Referência LGBT, localizado na Avenida Oceânica, nº 3731, Rio Vermelho, está promovendo um mutirão para interessados em alterar o nome civil. É preciso agendar uma entrevista com a assistência social, que depois encaminhará para o setor jurídico, dando entrada no processo de mudança. É necessário apresentar certidão de nascimento, RG e CPF, título de eleitor, fotos cronológicas desde quando se assumiu a identidade de gênero, e quatro testemunhas que devem comprovam a vivência trans do interessado na mudança. O centro funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

O atendimento conta com uma equipe interdisciplinar permanente, composta por coordenador, psicólogo e assistentes sociais, além do orientador jurídico e equipe de apoio técnico e administrativo. Já a estrutura engloba recepção, sala de direção/administração, salas de atendimento, salão multiuso com capacidade para 30 pessoas, espaço para realização de atividades do Comitê Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais de Salvador, copa, almoxarifado, sanitários masculinos e femininos e acessibilidade.

Balanço

Criado em março deste ano, o espaço comemora, neste mês de novembro, oito meses de funcionamento. Com mais de 900 pessoas atendidas, o local tem dado uma resposta satisfatória à população, contando com estrutura adequada para acolhimento e atendimento de casos de violência contra lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. O centro oferece assistência jurídica, psicológica e social, além de capacitação e suporte, fortalecendo o resgate da cidadania e direitos sociais dos acolhidos. 

Para o coordenador do espaço, Vida Bruno, o serviço é feito com muito cuidado, pois a procura maior é de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Por isso mesmo, a equipe do centro procura ser rápida no retorno aos questionamentos dos assistidos para que possam ter o resultado desejado. Grande parte dos atendimentos ainda é de vítimas da violência LGBTFobia, problema que vem sendo trabalhado também dentro da Prefeitura.

“Estamos criando a cultura de fazer apresentações dentro de instituições do município com o Programa de Combate à LGBTFobia Institucional. Já estivemos em secretarias, unidades de saúde e centros de referência porque são necessidades recorrentes – acesso à saúde, à educação, além de outros serviços do município, e precisamos preparar o servidor para receber bem, respeitar o uso do nome social de maneira adequada, humanizando o atendimento”. 

Violência

Em caso de violência, a vítima é orientada, pessoalmente ou por telefone, sobre os serviços disponíveis para prevenção, apoio e assistência, assim como apoio jurídico necessário para o tipo de agressão sofrida, seja ela discriminação, violência doméstica, violência sexual e assédios moral e sexual, dentre outras. O serviço também visa articular os meios que favoreçam a inserção do LGBT no mercado de trabalho, como programas de capacitação para o trabalho e geração de renda, assim como ao retorno à escola, caso seja necessário. 

As denúncias também podem ser feitas online, por meio do site do Observatório da Discriminação Racial e LGBT, no endereço observatorioracialelgbt.salvador.ba.gov.br/denunciar ou através do WhatsApp do observatório (71) 98622-5494. Informações sobre qualquer um dos serviços oferecidos pelo centro podem ser obtidas pelo 3202-2750 / 2758.

Fonte: Agecom