O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, afirmou nesta segunda-feira (7) que a campanha eleitoral da ex-presidente Dilma Rousseff pode, segundo especialistas, ter custado R$ 1,3 bilhão, quase quatro vezes o valor declarado à Justiça Eleitoral, R$ 318 milhões.
Em palestra nos Estados Unidos, o ministro falava sobre o caixa 2 (doação não registrada pelos candidatos), relacionando-o a esquemas de corrupção, como o descoberto na Operação Lava Jato, em que empresários faziam doações de propina para obter contratos na Petrobras.
“Alguns especialistas chegam a estimar que a campanha da presidente Dilma não teria custado menos de R$ 1,3 bilhão. O que significa que declarou apenas um quarto daquilo que teria efetivamente gasto”, disse Gilmar Mendes, em palestra no Brazil Institute of Wilson Center, centro de estudos sobre o Brasil sediado em Washington.
Fenômeno – Nos Estados Unidos, o ministro disse também que os custos “muito significativos” da campanha levaram o presidente do TSE à época, Dias Toffoli, supor que havia acabado o fenômeno do caixa 2.
“Era uma ilusão, porque em seguida com as investigações da Lava Jato, vieram as informações que parte dos recursos de caixa 2, que estão sendo revelados agora, vieram para a campanha presidencial”, disse.
Fonte: G1