As eleições municipais chegaram ao fim e o PSDB ganhou um importante aliado em São Paulo marchando ao lado do PSB. Conexão entre as duas siglas é tamanha que os socialistas são cogitados para disputar o vice em uma chapa encabeçada pelo atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pela Presidência da República. Em todo o Brasil, o PSB foi o terceiro partido mais votado no primeiro turno, com 8,3 milhões de votos.
“Considero a candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência muito importante, mas acho que isso tem que ser colocado mais à frente, quando o cenário estiver mais claro”, afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, ao jornal O Estado de S. Paulo. Caso o apoio seja confirmado, a decisão pode trazer sérias implicações para o diretório do PSB na Bahia, já que os baianos são aliados do governador Rui Costa (PT).
Apesar das especulações, o presidente da sigla em Salvador, Waldemar Oliveira, não acredita em uma retaliação e pedido de afastamento dos petistas pela cúpula nacional. “Nós temos hoje uma parceria estabelecida com o governador Rui, creio que se manterá. Com relação a nossa posição de militância do PSB aqui na Bahia, até hoje não sofremos qualquer tipo de pressão para nos afastarmos do governo petista.
Não houve pressão nacional para a gente romper esse acordo, mas claro que cada situação será analisada à luz do presente. Essa hipótese, que não passa de uma possibilidade, muito em função de nós ocuparmos a vice- governadoria do Alckmin em São Paulo, que foi uma coisa muito mais específica, isso não se espalhou nacionalmente, ficou circunscrita a São Paulo.Agora, se por acaso se concretizar, nós teremos que analisar à luz de uma realidade. O que há hoje é que estamos com o governador, é de conhecimento do nacional e não houve nenhum tipo de retaliação”, explicou o presidente da sigla em conversa com a Tribuna.
Reprodução/Tribunda da Bahia