O secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório, não descartou eventual necessidade de ajustes financeiros em decorrência do acordo de renegociação de dívidas dos Estados.
Análise elaborada pelo Senado aponta que o trato incluirá a adoção de medidas de contenções de gastos pelas gestões estaduais, a exemplo da PEC 241, que tramita na Casa agora como PEC 55, após aprovação na Câmara dos Deputados.
“Acho que nós já estamos adotando aqui medidas duras de contenção de gastos, aliás, é do perfil do governador Rui Costa ter estado na mão do ponto de vista administrativo, ele gosta do controle das despesas. E pode ser que por legislação federal nós precisemos nos adequar ainda mais”, afirma. Sobre a PEC 241, o titular da Sefaz se manifesta de forma cautelosa.
“Ela tem sido discutida ao longo do ano, desde janeiro praticamente, ainda no governo Dilma Rousseff, e a Bahia tem colocado algumas observações. Nos preocupa muito a possibilidade que ela tem de diminuir mais os recursos, principalmente da saúde e educação.
Para nos pronunciar é preciso ver como ela vai acabar do ponto de vista legislativo”. Para Vitório, a medida, se aprovada, tem força para "animar" o mercado – o secretário questiona porém os reais efeitos benéficos sobre a economia.
"O ajuste é fundamental para que o mercado financeiro tenha uma garantia, e acho também que a saúde do mercado financeiro é importante para todos, mas eu não vejo no lado real da economia uma possibilidade de alavancagem mais forte sem direcionamento do governo em relação a novos investimentos, continuidade do PAC", exemplifica.
(Bahia Notícias) (AF)