Policiais civis do Distrito Federal fizeram manifestação na manhã desta sexta-feira (28) por reajuste salarial no gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Palácio do Itamaraty. O ato ocorreu ao mesmo tempo em que o presidente Michel Temer se reunia no prédio com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para discutir o novo Plano Nacional de Segurança Pública.
"Nós aproveitamos que os agentes políticos estão aqui discutindo segurança a nível nacional para dizer que a segurança da capital da República está um colapso, em razão da falta de políticas públicas de segurança e da desvalorização profissional dos policiais civis", disse o presidente do Sindicato dos Policias Civis, Rodrigo Franco.
O ato começou por volta de 8h e não houve interdição no trânsito. Os manifestantes portavam faixas com críticas e pedidos de recomposição salarial. De acordo com a organização, cerca de 500 agentes participaram da manifestação. A categoria pede aumento de 37% e isonomia com a Polícia Federal.
Segundo Franco, há vagos cerca de 4 mil postos de trabalho na Polícia Civil, e o governo não acena para uma possível negociação. "O governo do Distrito Federal tem sido muito intransigente." O Executivo diz não ter como conceder o aumento.
A categoria realiza operação padrão desde julho. Com a medida, agentes registram apenas flagrantes e ocorrências criminais. Investigações, intimações, protocolo de documentos e diligências ocorrem de forma mais restrita.
De acordo com um levantamento da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), os agentes de polícia, escrivães (vencimentos de R$ 8.702,20) e peritos (R$ 16.839,85) do Distrito Federal têm os melhores salários iniciais do país, se comparados com as mesmas categorias em outras unidade da federação. Os delegados do Distrito Federal recebem R$ 16.830,85 em início de carreira.
Reproduçâo: G1 – DF