Pequenos agricultores da zona rural de Barreiras, no oeste da Bahia, estão abandonando a atividade por conta da seca prolongada na região, que já dura oito meses. Por causa da falta de chuva, o governo da Bahia reconheceu o estado de emergência na cidade, decretado pela prefeitura no dia 16 de setembro. O governo estadual validou o decreto e publicou a decisão no Diário Oficial do Estado no dia 21 de outubro. O decreto vale por 180 dias e foi publicado também no Diário Oficial do Município, no dia 22.
O agricultor Zeomar de Souza mora no povoado Barrocão de Baixo, onde quase todas as famílias vivem da agricultura. Elas fazem o plantio de legumes e hortaliças. O que não é consumido em casa é vendido na feira livre. A renda é usada para o sustento da família. Ele conta que há mais de 3 anos não consegue colher direito por conta da falta de chuva.
“A semente já está aí, o adubo. A gente tem que pedir a Deus para chover logo pra a gente plantar pra ter as coisinhas”, diz.
Conforme os pequenos agricultores da região, a área já está pronta para o plantio. Eles só aguardam a chuva. Os trabalhadores explicam que, sem umidade, as sementes não brotam direito e as lavouras de milho, feijão, mandioca, abóbora e melancia podem ficar comprometidas.
"Muita gente tem desistido da atividade, tá procurando outros trabalhos. Isso tudo tem a ver com a seca, o calor, a chuva que diminuiu muito”, aponta Genivaldo da Silva, diretor do Sindicato Rural de Barreiras.
A estiagem tem afetado pastagens, lavouras e criações da região. “Repercutiu de maneira direta na criação e, consequentemente, na produtividade e na questão econômica também do agronegócio da região”, explica Ozimar Barreiras, secretário da Agricultura de Barreiras.
O período chuvoso na região oeste, normalmente, começa em novembro. Mas tem previsão de chuva para Barreiras, inclusive em algumas área da zona rural, no próximo fim de semana, entre 28 e 30 de outubro.
Reprodução/G1