O ônibus que fazia a linha Marechal Rondon-Barra e o motorista que sofreram uma tentativa de assalto na manhã desta terça-feira (25) em Salvador, já tinham sido alvos de criminosos há cerca de três meses na mesma região do caso desta terça-feira. O primeiro assalto ocorreu no dia 22 de julho, na Jaqueira do Carneiro, na BR-324 e seis pessoas foram baleadas. Uma das vítimas acabou não ressitindo e morreu no mesmo dia do assalto.
No caso desta terça, um dos assaltantes foi baleado por um passageiro, que reagiu.
Baleado, o crimonoso morreu no local. O passageiro que reagiu não ficou ferido. Ele ainda não foi identificado. A polícia suspeita que ao menos três criminosos participaram da ação. Dois entraram no ônibus e um aguardava a dupla em um veículo.
Duas passageiras também ficaram feridas e foram atendidas pelos Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com a polícia, uma das mulheres torceu o pé no momento da confusão e a outra vítima teria sido atingida de raspão por um tiro.
O motorista do ônibus que foi vítima da violência pela segunda vez não teve qualquer ferimento em ambos os casos. Ele contou que após o assalto desta terça-feira, os assaltantes que estavam no ônibus o obrigaram a parar quase no meio da rodovia para que eles pudessem descer do coletivo.
Da primeira vez que foi assaltado na região, ele ainda conseguiu parar o ônibus no acostamento. "Dessa vez não deu nem para encostar porque estava em movimento e ele [um dos assaltantes] falava: abre, abre senão eu atiro. E eu tive que abrir a porta", relatou o motorista Jorge dos Santos.
Uma das passageiras do veículo também contou o momento de desespero durante o assalto. "Ele chegou anunciando [o assalto] bem nervoso, batendo nas pessoas, que não era para esconder nada. Teve um passageiro que ele deu um tapa. Quando o ônibus parou todo mundo saiu correndo e o motorista abriu a porta. Teve uma senhora que foi pisoteada porque na hora que ela correu ela caiu e o pessoal, desesperado pisou nela", disse Elaine Souza, atendente de telemarketing.
Até a publicação desta reportagem, os outros dois suspeitos de envolvimento na ação não tinham sido presos. Um carro foi encontrado pela polícia no bairro de Valéria e a suspeita é de que teria sido usado para a realização do assalto.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), informou que o homem morto já foi identificado e tinha 20 anos. O assaltante tinha passagens na polícia por roubos de veículo e a transeuntes.
A polícia teve acesso às imagens das câmeras do ônibus, ao depoimento das testemunhas e já tem pistas sobre suspeitos. A polícia também busca informações sobre o passageiro que reagiu à ação.
Primeiro assalto
O ônibus da linha Marechal Rondon-Barra assaltado por dois homens. De acordo com testemunhas, por volta das 6h15, os bandidos entraram pela porta da frente do coletivo e anunciaram o assalto de forma bastante agressiva. Segundo os relatos, os homens gritaram e quebraram um dos vidros de dentro do ônibus. Durate a ação, um recolhia os pertences das vítimas e o outro dava cobertura.
Testemunhas relataram ainda que o primeiro disparo, contra os bandidos, partiu de um passageiro que estava sentado na parte da frente do coletivo. Houve confronto. Segundo os relatos, foram ouvidos mais de 20 tiros. Após o tiroteio, os assaltantes conseguiram fugir.
Segundo informações do posto policial do Hospital Geral do Estado (HGE), as seis vítimas tinham idade entre 34 e 44 anos. Uma das pessoas que foi baleada, Julio Farias Costa, de 44 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no mesmo dia do assalto, no dia 22 de julho.
Reprodução/G1