O dólar mudou de rumo e subia nesta terça-feira (25) ante o real, com movimento de ajuste diante das recentes quedas e que levou a moeda norte-americana a bater R$ 3,10 pela manhã.
Às 11h59, a moeda norte-americana subia 0,27% sobre o real, cotada a R$ 3,1291 na venda. Na mínima do dia, segundo a agência Reuters, chegoiu a bater em R$ 3,1078. Veja a cotação.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h19, queda de 0,15%, a R$ 3,116
Às 9h39, queda de 0,11%, a R$ 3,117
Às 10h29, queda de 0,317%, a R$ 3,11
Às 11h19, queda de 0,24%, a R$ 3,1281
Operadores do mercado avaliavam, porém, que a tendência continua de queda do dólar diante da forte entrada de recursos externos por conta da regularização de recursos brasileiros lá fora, destaca a Reuters.
BC anuncia menor atuação
Na véspera, após o fechamento dos mercados, o BC anunciou que não irá rolar integralmente os contratos de swaps tradicionais – equivalente à venda futura de dólares – com vencimento em 1º de novembro, citando a previsão de entrada atípica de recursos e oscilações excessivas do câmbio perto do prazo para brasileiros repatriarem bens não declarados no exterior.
Segundo a assessoria de imprensa do BC, já foram rolados 50 mil contratos de swap tradicional com vencimento em 1º de novembro, equivalente a US$ 2,5 bilhões, mas ainda restavam cerca de US$ 3,150 bilhões.
Nesta manhã, o BC fez leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares, vendendo o lote integral de 5 mil contratos, dos quais, no entanto, o vencimento de 1º de novembro respondeu por 3,9 mil.
O BC pode diminuir uma parte desses contratos nos próximos leilões de swap reverso ou até mesmo se concentrar em outros vencimentos.
Fluxo maior de recursos
A Receita Federal informou na véspera que R$ 33,1 bilhões já haviam sido arrecadados com a repatriação de recursos de brasileiros no exterior.
Segundo o BC, a entrada de dólares no Brasil superou a retirada de recursos em US$ 2,53 bilhões na parcial de outubro, até a última sexta-feira (21). Somente na semana passada, US$ 1,38 bilhão chegaram ao país. O ingresso de divisas acontece após dois meses de retiradas. Em setembro, a evasão de dólares, de US$ 5,5 bilhões, foi a maior em sete meses.
Já a ata da última reunição do Copom divulgada mais cedo vê avanços na aprovação de medidas fiscais e aponta sinais de uma pausa no processo de desinflação de serviços. O BC vê espaço para queda gradual de juros, mas avaliará ritmo de corte. "O Comitê avaliará o ritmo e a magnitude da flexibilização monetária [redução da taxa básica da economia] ao longo do tempo, de modo a garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5%", destacou.
Véspera
Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,26%, vendida a R$ 3,1207. A última vez que o dólar fechou abaixo desse patamar foi no dia 2 de julho de 2015, a R$ 3,0960.
No mês de outubro, a moeda acumula queda de 4,11%. No ano, recua 20,9%.
Reprodução/G1