Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (13), a administração da Universidade Estadual de Feira de Santana, cidade localizada a cerca de 100 quilômetros de Salvador, informou que as aulas continuarão suspensas na sexta-feira (14), por conta da paralisação de vigilantes.
A paralisação, também feita por funcionários da limpeza, começou nesta quinta e impediu o funcionamento da instituição por falta de segurança. Os servidores terceirizados reclamam que o pagamento do salário de setembro está atrasado.
De acordo com a nota da UEFS, a decisão por manter as aulas suspensas na sexta se deu porque ainda não houve confirmação do pagamento dos salários dos vigilantes. O comunicado ainda diz quque "a reitoria está envidando todos os esforços para que o pagamento seja realizado o mais rápido possível" e que na sexta emitirá um novo informe com a finalidade de orientar a comunidade universitária quanto às atividades da segunda-feira (17).
Caso
De acordo com o Sindicato dos Vigilantes, os salários referente ao mês de setembro deveriam ter sido quitados no último dia 7 de outubro. Segundo a Uefs, a situação ocorre devido à redução de repasse de recursos financeiros pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) no mês passado. Por esse motivo, a universidade não pagou a fatura da empresa AVI, que contrata os vigilantes.
Em nota, a Secretaria da Fazenda do Estado informou que o repasse de verbas previstas para a Universidade Estadual de Feira de Santana está ocorrendo normalmente. A Sefaz disse ainda que o orçamento da Uefs está sendo liberado de acordo com o caixa do estado.
De acordo com Erileno Moreira, diretor jurídico do Sindicato dos Vigilantes, a categoria avisou às partes interessadas sobre a paralisação. "Mandamos um ofício para a empresa, para a universidade e também para a delegacia do trabalho. Deixamos o campus aberto, mas não estamos trabalhando. O local é ermo e tem muita favela ao redor. Não tem segurança e os docentes e alunos estão voltando por conta própria. Todos os 220 profissionais estão parados, o que representa 100% da categoria", afirmou.
De acordo com a reitoria da Uefs, a instituição está empenhada em resolver o problema de pagamento que gerou a paralisação. De acordo com o sindicato dos vigilantes, a categoria só retorna ao trabalho quando os salários foram depositados.
Fonte: G1