Os trabalhadores dos trens do subúrbio deSalvador voltaram a suspender as atividades nesta quarta-feira (5) para pedir reajuste salarial.
O transporte faz o trajeto entre os bairros da Calçada e de Paripe. A última paralisação da categoria ocorreu no dia 14 de setembro.Cerca de 15 mil pessoas usam o transporte por dia.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Ferroviário e Metroviário dos Estados da Bahia e Sergipe (Sindiferro), a suspensão das atividades será de dois dias e o transporte deve voltar a operar na manhã de sexta-feira (7).
Segundo o sindicato, os trabalhadores pedem aumento de 9,27%, com correção da inflação no período entre 2015 e 2016. A categoria afirma que o último reajuste dado aos cerca de 120 trabalhadores que atuam no sistema foi em 2015.
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur), que é responsável pela Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), que administra o sistema dos trens, informou que não há reajuste previsto para a categoria em 2016, por conta do contenção de gastos do governo.
A secretaria informou ainda que desde que assumiu a gestão do transporte, em maio de 2013, os salários dos funcionários foram reajustados três vezes, chegando aos 22,42%.
O Sindiferro, no entanto, disse que nos últimos três anos os reajustes da categoria foram abaixo da inflação e que acumulados, devem chegar a 15% ou 16% de aumento. O sindicato afirmou que pede também a melhoria das condições de trabalho e da estrutura dos trens que operam no sistema.
Conforme a Sedur, o sistema liga o bairro da Calçada ao de Paripe e tem 13,6 km e funciona de segunda a sábado, das 6h às 19h30 (saída do último trem), com intervalos de 40 a 45 minutos. A passagem custa R$ 0,50 centavos a inteira e R$ 0,25 centavos a meia, com gratuidade para pessoas a partir dos 60 anos.
Segundo a secretaria, o sistema dos trens deve ser otimizado dentro do projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que vai substituir o atual transporte.
Reprodução/G1