Mais de 6 mil refugiados divididos em 32 botes infláveis, cinco barcos e duas balsas, foram resgatados na segunda-feira (3), no Mar Mediterrâneo, pela Guarda Costeira italiana. Os migrantes estavam a cerca de 80 quilômetros de Trípoli, capital da Líbia.
Foram utilizados três navios da Guarda Costeira e dois da Marinha italiana, além de outros das missões europeias de fronteira Eunavformed e Frontex. Embarcações de diversas outras organizações também estiveram envolvidas nas buscas. Nove corpos foram encontrados.
O resgate acontece no primeiro dia de mar tranquilo em uma semana, já que, segundo a Guarda Costeira, as fortes ondas dos últimos dias reduziram drasticamente o trânsito migratório no Mediterrâneo.
O resgate deste domingo, um dos maiores desde o início da crise migratória, acontece no dia em que a Itália lembrou os dois anos da tragédia que ficou conhecida como "desastre de Lampedusa", no qual 366 migrantes morreram ao tentarem chegar à ilha italiana.
A tragédia deu origem à operação Mare Nostrum, um dispositivo de patrulha italiano posicionado no Canal da Sicília para prestar socorro às embarcações improvisadas lotadas de imigrantes e tentar evitar futuras catástrofes.
Com o fechamento da rota dos Bálcãs e o acordo entre a União Europeia (UE) e a Turquia que visa cessar o fluxo migratório do país para a Europa, os refugiados buscam rotas alternativas, partindo em números cada vez maiores do norte da África, através do Mediterrâneo, rumo à Europa.
Mais de 12 mil pessoas chegaram à Europa por meio dessa rota entre janeiro e setembro de 2016, comparado a 7 mil registrados no mesmo período do ano passado.
Reprodução: G1