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Portão de escola onde jovem do DF teve infarto está energizado, diz laudo

Imagens mostram rapaz caindo no chão após encostar em guarita

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 src=Um laudo da Defesa Civil aponta que o portão da escola de Planaltina, no Distrito Federal, onde um jovem de 24 anos teve três paradas após sofrer infarto está energizado. O caso aconteceu na quarta-feira (28), e o rapaz está internado em estado grave em uma UTI do Hospital de Ceilândia. A suspeita é de que um choque elétrico tenha provocado o quadro.

A Secretaria de Educação informou que vai tomar providências para garantir a segurança dos alunos. A pasta disse que busca soluções para fazer a manutenção da rede elétrica da escola, mas que espera o Tribunal de Contas liberar o processo sobre o caso para fazer os reparos.

De acordo com o coronel Sérgio Bezerra, a grade atrás do portão onde Yuri Martins estava encostado recebia energia por causa de fios desencapados. “Existe uma fuga de corrente. É exatamente uma energia que passa da fiação, revestida de plástico, para a parte metálica. Isso ocorre porque há desgaste”, disse. “Há 190 Volts saindo das fiações elétricas da guarita para a parte metálica do portão.”

Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que o ex-aluno conversa com um vigilante e de repente cai no chão. Um policial militar que estava na hora entrou para prestar os primeiros socorros. Um outro vídeo, feito por alunos, mostra o desespero os policiais fazendo massagem cardíaca. Os estudantes notam o cheiro de queimado.

A situação é denunciada por um professor do Centrão de Planaltina em uma rede social. Segundo a namorada do rapaz, que também é ex-aluna, não é a primeira vez que há reclamações sobre isso. “Relataram que no bebedouro dá choque na parte mesmo da ferragem do colégio. Eles estão levando pequenos choque”, disse a estudante Kethlen Teixeira.

Na inspeção, a Defesa Civil decidiu não interditar a escola, mas determinou o desligamento da energia da guarita. Há também risco de choque no uso de aparelhos de ar-condicionado. “Se aquilo for ligado, pode acontecer um acidente”, afirmou o coronel Sérgio Bezerra. O órgão deu prazo de 30 dias para que os problemas sejam resolvidos.

Reprodução: G1