O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (28) que os novos pacientes em tratamento contra HIV e Aids vão receber um medicamento diferente do que os que estão disponíveis atualmente. A pasta estima que cerca de 100 mil pacientes iniciem tratamento contra a doença usando o novo medicamento a partir do próximo ano. Conforme o ministério, foi possível conseguir desconto de 70,5% na compra do dolutegravir, um antirretroviral. Os preços caíram de US$ 5,10 para US$ 1,50. O orçamento para a aquisição de medicamentos do tipo é de R$ 1,1 bilhão.
A nova droga será usada também em pacientes que apresentam resistência aos medicamentos atuais, o que corresponde à aproximadamente 17 mil pessoas. Atualmente, pacientes com Aids e HIV usam três remédios disponíveis no SUS – tenofovir, lamivudina e efavirenz -, combinação conhecida como “três em um”. A partir de 2017, a indicação será de dolutegravir associado ao “dois em um” (tenofovir + lamivudina). Conforme o MS, a adoção do medicamento não foi adotada para todos os pacientes de um vez por limitação do laboratório fornecedor, que só consegue produzir 40 milhões de comprimidos até o próximo ano. O novo remédio será substituído gradativamente.
De acordo com dados do ministério, entre 2005 e 2016, o total de brasileiros em tratamento passou de 165 mil para 483 mil. Desde o começo do ano até agosto, 48 mil pacientes iniciaram tratamento. Entre 1980 e junho de 2015, o Brasil registrou 798.366 casos de Aids. No período entre 2010 e 2014, foram confirmados 40,6 mil casos em média. A taxa de mortalidade apresentou queda de 10,9% nos últimos anos, passando de 6,4 por 100 mil habitantes, em 2003, para 5,7 por 100 mil habitantes, em 2014.
Fonte: G1