Um candidato a cargo eletivo está entre os investigados pela Polícia Federal na Operação "Última Fronteira", que visa desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, e realizadas nesta quinta-feira (22) nas cidades de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e Irecê, região oeste da Bahia, e em Palmas (TO). O nome dele, detalhes do cargo ao qual o político concorre e a cidade pela qual se candidatou não foram divulgados.
A PF informou que o político investigado não foi preso porque a legislação não permite a prisão de candidatos durante o período eleitotal. Dez pessoas foram presas durante a ação. Três em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de armas, e as demais em cumprimento de mandados expedidos durante as investigações da Polícia Federal.
Conforme a polícia, dos 12 mandados de prisão expedidos na ação outros quatro não foram cumpridos porque os investigados não foram localizados. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela Polícia Federal.
Durante a ação, foram apreendidos mais de 10 kg de drogas, entre maconha, crack e cocaína, além de dois revólveres calibre 38, uma espingarda calibre 20, balança de precisão e uma prensa. Um caminhão, uma caminhonete, dois carros, três motos e uma lancha também foram apreendidos.
Operação
A Polícia Federal realizou a Operação "Última Fronteira" nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e Irecê, região oeste do estado, na manhã desta quinta-feira, para cumprir 12 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão. A ação contou com apoio da Polícia Militar e tem objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico de entorpecentes.
A PF fez também o bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens e imóveis utilizados pela organização criminosa. A operação foi intitulada de “Última Fronteira”, e começou há cerca de um ano. Foi constatado que as drogas chegam dos Estados de Mato Grosso, Goiás e São Paulo, para serem distribuídos no oeste da Bahia e em Salvador.
Ao longo da apuração, em um ano, foram realizadas dez prisões em flagrante, sendo apreendida mais de 1,3 toneladas de entorpecentes, entre maconha, crack e cocaína. Algumas empresas de fachada também eram utilizadas pelo esquema criminoso para a lavagem do dinheiro ilegalmente obtido com o tráfico.
Os presos vão responder pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico, previstos, nos artigos 33 e 35 da Lei 11.343/2006. De acordo com a PF, juntas, as penas podem ultrapassar 25 anos de prisão.
Lava Jato
Também nesta quinta-feira (22), a Polícia Federal cumpre um mandado de prisão temporária e um mandado de busca e apreensão em Salvador, na 34ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Operação Arquivo X. Além da Bahia, a operação também ocorreu nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal.
Reprodução/G1