O soldado do Exército Luis Alexandre de Oliveira Lessa, de 20 anos, foi preso acusado de liderar um grupo no Telegram envolvido em crimes como pedofilia, estupro virtual, tortura de animais e incentivo à automutilação. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) prendeu Lessa, conhecido como “Hitler da Bahia”, durante a Operação Nix, em novembro de 2024. O UOL divulgou a investigação nesta semana.
As investigações identificaram Lessa como líder do grupo “Panela Country”, que reunia cerca de 600 participantes e também atuava no Discord. Segundo o MP, os integrantes – incluindo três adolescentes apreendidos – usavam apelidos e tratavam a violência como entretenimento.
Entre as práticas identificadas, estão chantagens, exposições não autorizadas de imagens íntimas e desafios que envolviam automutilação, como escrever o nome do grupo no corpo com objetos cortantes. Meninas foram as principais vítimas.
O Exército admitiu Lessa em março de 2024 e o afastou após a prisão. A Advocacia-Geral da União contestou um recurso do soldado, alegando que ele omitiu problemas físicos pré-existentes durante o processo seletivo.
A defesa afirma que ele colabora com as investigações.
A apuração segue em sigilo. O Exército e o Telegram não comentaram o caso.
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