Nos deixou aos 74 anos

Alba realiza homenagem póstuma para Wanda Chase nesta segunda-feira

Jornalista Wanda Chase receberia título de Cidadã Baiana no último dia 13 de março

Alba realiza homenagem póstuma para Wanda Chase nesta segunda-feira
Reprodução/Instagram @chase.wanda

A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) vai realizar, nesta segunda-feira (7), uma sessão especial para fazer uma homenagem póstuma a jornalista Wanda Chase, que morreu na última quinta-feira (3), em Salvador.

Em vida, ela receberia o título de Cidadã Baiana no último dia 13 de março – a proposta foi de autoria da deputada estadual Fátima Nunes (PT) -, mas acabou sendo adiada por problemas de saúde do parte da comunicadora.

Segundo a parlamentar, o título é mais do que justo, diante de toda a representatividade de Wanda, além de ser uma maneira de agradecer e demonstrar todo o orgulho que a Bahia tem pela comunicadora.

“Wanda Chase é, para nós, um símbolo da nossa baianidade. Ela tem uma alma baiana, escreve sobre nossa história e a nossa cultura há décadas, e vive na nossa cidade há mais de 35 anos. A Bahia abraçou e acolheu esta jornalista e em troca ela levou a nossa terra para o mundo. Nada mais justo do que devolver este carinho tornando-a uma cidadã baiana”, declara a líder do PT na ALBA.

Perfil de Wanda Chase

Wanda Chase da Silva nasceu no dia 19 de novembro de 1950, em Manaus, Amazonas. É neta de avós maternos caribenhos, de quem herdou o sobrenome Chase, que significa ‘caçar’. É filha de um torneiro mecânico e de uma dona de casa, sendo a mais velha de cinco irmãos.
Quando criança, Wanda desejava seguir a carreira de Magistério.

Porém, aos 18 anos, uma professora de redação a incentivou a ser jornalista. Ao prestar vestibular na Universidade Federal do Amazonas, Wanda passou em 6º lugar e se tornou uma jornalista de referência na sua terra natal e na Bahia.

Em 2002, recebeu o Título de Cidadã Soteropolitana concedido pela Câmara Municipal de Salvador. Wanda Chase foi jornalista, repórter, produtora, editora, apresentadora e comentarista.

A homenageada, amazonense, neta de caribenhos, tinha 47 anos de experiência em comunicação e mais de 45 prêmios recebidos. A honraria é fruto do reconhecimento de todo o trabalho e trajetória que Wanda construiu na Bahia, desde que chegou em 1988, como jornalista, apresentadora, militante do Movimento Negro, e uma referência quando o assunto é cultura baiana.

Wanda Chase iniciou sua carreira jornalística no Jornal A Crítica, em Manaus, foi estagiária na TV Amazonas e trabalhou em Recife (PE) e Campina Grande (PB). Já na década de 80, Wanda visitava a Bahia para participar das passeatas pela libertação de Nelson Mandela, assim como da Noite da Beleza Negra e da Noite da Mãe Preta, através do Movimento Negro Unificado.

Em 1988, Wanda se mudou para a capital baiana, foi conselheira e assessora de imprensa do Olodum, e trabalhou na TV Bahia por 27 anos, onde começou como repórter investigativa e depois se consagrou como jornalista de cultura e comentarista do Carnaval. Wanda trabalhou também na TV Aratu, na TVE e no portal iBahia.

Mais recentemente, a comunicadora tinha o seu próprio podcast, o Bastidores com Wanda Chase, no qual recebia diversos músicos e artistas baianos para um bate-papo sobre cultura e arte.