Após os conflitos de terra que vem sendo registrados no extremo-sul da Bahia, nos últimos dias, dois secretários do governo Jerônimo Rodrigues (PT) foram até a região para acompanhar de perto as movimentações.
Os secretários de Relações Institucionais (Adolpho Loyola) e Segurança Pública (Marcelo Werner), chegaram na manhã desta quarta-feira (19) na cidade de Teixeira de Freitas. Eles devem se reunir com produtores rurais, indígenas e empresários da região.
“Viemos na missão de dialogar sobre a paz no campo, essa é a nossa missão, que o governador Jerônimo nos deu. Vamos nos reunir com os produtores rurais aqui da região, Serin e SSP andando de mãos dadas, garantindo segurança pública para os baianos e as baianas”, afirmou Adolpho Loyola.
Já Marcelo Werner, secretário de Segurança Pública, afirmou que a ideia é fortalecer a mediação. “A ideia é que vamos fortalecer, cada vez mais, essa mediação, até porque o propósito do Governo e da segurança pública é exatamente promover mais o respeito, a paz social e proporcionar mais segurança para todos os cidadãos baianos”, completou o titular da SSP.
Deputados cobram governo após conflitos de terra
Os frequentes casos de invasões de terra em localidades no extremo-sul da Bahia, nos últimos dias, vem mobilizando a oposição ao Governo do Estado. Na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), alguns deputados se manifestaram cobrando providências do Palácio de Ondina para evitar que o atual cenário piore.
O vice-líder da oposição na Casa, Alan Sanches (União), disse que o Governo do Estado tem sido omisso no combate à questão e que precisa “sair da inércia”.
“O que estamos vendo é uma verdadeira barbárie. Criminosos estão promovendo um verdadeiro terror contra o setor produtivo, sem que haja nenhuma reação enérgica do governo baiano. A omissão que estamos vendo até aqui é absurda e inaceitável”, criticou.
Quem fez coro às palavras de Alan Sanches foi o também deputado estadual Pedro Tavares (União Brasil). O parlamentar ressaltou que a invasão de propriedade privada é crime e que é necessário agir de forma rápida para garantir a segurança dos produtores rurais.
“Estamos diante de uma situação emergencial, e o Governo precisa tomar medidas urgentes para coibir essas invasões. A Comissão tem o dever de proteger o agricultor, que é fundamental para a economia, o desenvolvimento do estado e do país. Precisamos buscar soluções conjuntas com o Governo do Estado, sem partidarizar a questão, mas garantindo a segurança e os direitos dos produtores rurais”, pontuou o parlamentar.