Presidente do Conselho de Ética da Câmara e condutor do processo contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado federal José Carlos Araújo (PR-BA) relembra o período de julgamento como árduo e repleto de obstáculos impostos pelo peemedebista.
Na última segunda, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou por 450 a favor, 10 contra e nove abstenções a cassação do mandato de Cunha, pondo fim a um dos mais longos processos que tramitou no Conselho de Ética. Com o resultado, o peemedebista perdeu o mandato e fica inelegível por oito anos. Araújo também rememorou o dia em que o Conselho votaria o processo, quando a deputada Tia Eron (PRB-BA) causou polêmica por ter se ausentado da sessão.
De acordo com o republicano, Cunha se desesperou e tentou todas as “medidas possíveis e impossíveis” para se salvar. “Ele apresentou 16 supostos erros meus à CCJ, cujo relator era amigo dele. Mas esse relator era um constitucionalista, um advogado, e por mais que fosse amigo de Cunha, era legalista. Então ele rechaçou 15 dos 16 itens, restando apenas aquele referente à suspensão da votação.
Caíram por terra todos os argumentos dele”, prosseguiu. Ainda segundo Araújo, “a era Cunha acabou” e é “página virada”, mas ressaltou que a atuação do deputado como presidente da Câmara “não foi de todo ruim”.
Fonte: Tribuna da Bahia
