Cultura

Sede do Ilê Aiyê será revitalizada após o Carnaval

A requalificação prevê climatização, acessibilidade, pintura, revisão das instalações elétricas, além de fortalecimento das ações sociais oferecidas pelo espaço

ilê
Foto: Cilene Brito

A Senzala do Barro Preto, sede do Ilê Aiyê, no Curuzu, será requalificada após o Carnaval. A ordem de serviço para início das obras foi assinada pelo prefeito Bruno Reis e pela vice-prefeita e secretária municipal de Cultura e Turismo (Secult), Ana Paula Matos, com as presenças do presidente do Ilê Aiyê, Antônio Carlos Vovô, e membros da diretoria, nesta sexta-feira (21).

Prestes a completar 22 anos de fundação, a sede administrativa do bloco Ilê Aiyê passará por uma reforma estrutural que visa modernizar as instalações, garantir mais conforto aos frequentadores do local e fortalecer os trabalhos social e de formação realizados pelo bloco afro mais antigo do Brasil.

Com o investimento na ordem de R$ 5 milhões, a obra prevê a climatização do salão de eventos e de todos os sete andares do prédio, acessibilidade, ampliação do sanitário feminino, sanitário de PCD, tratamento acústico, revisão das instalações elétricas e hidráulicas, instalação do sistema de incêndio, pintura total do prédio, inclusive beneficiando também a Escola Mãe Hilda, que funciona no espaço.

O projeto foi elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF). A previsão é que a requalificação da Senzala seja concluída até o final do ano.

“Vamos juntos construir praticamente uma nova sede. Hoje, esse local, que é o berço da resistência da nossa cidade já realiza um lindo trabalho social. Mas nós vamos somar forças e ampliar para atender mais pessoas”, afirma Bruno Reis.

ilê aiyê
Foto: André Frutuoso

Fundador e presidente do Ilê Aiyê, Vovô destacou a importância da obra da Senzala do Barro Preto, principalmente porque o espaço vai ampliar as atividades desenvolvidas pela entidade.

“Tivemos muitas propostas para o Ilê, quando começou a crescer, sair daqui do Curuzu e ir para outro bairro, mas eu resisti. Somos o maior centro cultural, não só da Bahia. A maioria dos profissionais formados, entre cantores, dançarinos e percussionistas, chegou aqui com seis, sete anos. Muitos deles estão morando fora do Brasil, dando continuidade a esse trabalho que chamo de Revolução dos Tambores. A Senzala é um lugar de entretenimento, educação e de parcerias, realça o presidente da entidade.