Esporte

Rio 2016: Paraolimpíadas

Paraolimpíadas. Principais notícias desta sexta-feira

Rio 2016: Paraolimpíadas

Quadro de medalhas

  PAÍS
 
 
 
Total
 
China
 
9 10 4 23
 
Grã-Bretanha
 
6 4 5 15
 
Uzbequistão
 
3 2 6 11
 
Brasil
 
3 2 1

6

 

 

"Nado pela vida", diz gaúcha que já viveu o dobro do esperado pelos médicos

Daniel Zappe/MPIX/CPB

Susana Schnarndorf, 48, saiu da água esfuziante na manhã desta sexta-feira, 9. Havia três anos não fazia um tempo tão bom quanto o que acabara de marcar na sua participação no revezamento misto 4×50 nado livre (20 pontos). “Foi incrível, muito bom. É o meu melhor tempo em três anos”, vibrou. Ela ajudou a equipe brasileira a chegar à final da prova, na noite desta sexta-feira, com o segundo melhor tempo. Sua participação no time que nadará a final ainda é incerta.

Assim como o futuro de Susana. Ela sofre com uma doença tão grave quanto rara. Chama-se Atrofia de Múltiplos Sistemas (MSA, na sigla em inglês). Geralmente acomete pessoas com mais de 50 anos. Em Susana, os primeiros sintomas surgiram aos 36 anos. Em média, vive-se nove anos com MSA até morrer em função da degeneração de forma definitiva os movimentos, as funções cardíacas, respiratórias.

 

 

 

Ouro paraolímpico brinca com semelhança com Neymar e pede para conhecê-lo

Daniel Zappe/MPIX/CPB

Descansar, descansar e descansar. A palavra foi repetida quase como um mantra por Daniel Tavares, campeão paraolímpico nos 400 metros rasos na categoria T20, para deficientes intelectuais. O merecido repouso, porém, não é o único objetivo do brasileiro. Com a medalha de ouro no peito, ele agora quer realizar o sonho de conhecer seu “sósia” Neymar.

Brincalhão e com um largo sorriso de olhos apertados, o jovem de 20 anos chama a atenção pela semelhança com o craque do Barcelona e da seleção brasileira.

“O pessoal fica brincando bastante (com a semelhança). Eu tenho muita vontade de conhecê-lo. Torço bastante para ele”, declarou o atleta.

 

 

 

 

Brasileiros questionam se autor de gol marroquino no futebol de 5 enxerga

REUTERS/Ricardo Moraes

A vitória por 3 a 1 da seleção brasileira de futebol de 5, para deficientes visuais, na estreia na Paraolimpíada contra o Marrocos foi marcada pelo bom futebol do Brasil, mas também por uma polêmica envolvendo o time rival.

Muitos torcedores e até mesmo quem estava na comissão técnica brasileira desconfiou do grau de deficiência visual de Abderrazak Hattab, autor do primeiro gol do jogo.

“Tem gente que diz que ele enxerga um pouco. Ele foi reprovado na avaliação oftalmológica em evento teste há dois meses. Marrocos entrou com protesto e ele conseguiu participar dos Jogos Paraolímpicos. Eu prefiro dizer que ele é mais um bom jogador, mas realmente ele tem algumas coisas que não são do cego, que é aquela bola correndo. Eu prefiro não acreditar que um país venha a escalar uma pessoa que enxerga num jogo que é pra cegos”, comentou o técnico da seleção brasileira Fábio Vasconcelos.

A dúvida foi levantada por conta da qualidade do jogador em campo, por exemplo, em jogadas em que o marroquino dava arrancadas sem a bola e chegava com qualidade para continuar a jogada, o que não é comum para os deficientes visuais.

O gol marcado por Hattab contra o Brasil foi em uma jogada em que roubou a bola dentro da área, girou e bateu. A suspeita é que ele tenha baixa visão e por isso tem percepção melhor do lugar em que está.  Em diversos momentos a torcida se manifestou contra o atleta na arquibancada gritando “esse nove não é cego” e os próprios membros do time brasileiro pediam ao árbitro para analisar a venda de seu rosto, objeto obrigatório para todos os atletas de linha.

 

 

 

 

Com recorde mundial, Daniel Martins ganha 3º ouro do país na Paraolimpíada

REUTERS/Sergio Moraes

O brasileiro Daniel Martins conquistou nesta sexta-feira a terceira medalha de ouro do Brasil na Paraolimpíada do Rio. Ele ficou com o título dos 400 m do atletismo na categoria T20, para deficientes intelectuais.

O título no Engenhão veio com direito à quebra do recorde mundial. O atleta de 20 anos completou a distância em 47s22.

A segunda colocação da prova ficou com Luis Paiva (VEN) com a marca de 47s83. O bronze foi de Gracelino Barbosa, de Cabo Verde, com 48s55.

O ouro de Daniel é o segundo do Brasil no atletismo. Na quinta-feira, Ricardo de Oliveira havia conquistado o título do salto em distância na categoria T11, para deficientes visuais.

Na prova desta sexta, Martins tomou a liderança já nos metros iniciais e não a perdeu mais. Ele não deu chance de reação aos adversários para estabelecer a nova melhor marca do planeta.

"Não consigo explicar meu sentimento agora. É uma felicidade muito grande. Depois que cruzei a linha de chegada eu vi minha família com o pessoal da minha equipe muito emocionado", afirmou ao SporTV.