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Temer nomeia Grace Mendonça para a Advocacia-Geral da União

A reforma ministerial que Temer pretende fazer não deverá ser ampla, apenas pontual.

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Resultado de imagem para Grace MendonçaO presidente Michel Temer acaba de anunciar a substituição na chefia da Advocacia-Geral da União (AGU). O cargo será assumido pela advogada Grace Maria Fernandes Mendonça, servidora do órgão, no lugar de Fábio Medina Osório.

As críticas ao antigo advogado geral da União eram variadas. Ele não teria conseguido se firmar no cargo, sendo alvo de inúmeras reclamações dentro da própria AGU — muitas delas chegavam ao planalto. Além disso, enfrentava dificuldades para dialogar com os ministros do Supremo Tribunal Federal.

Uma das primeiras críticas a Osório foi o fato de ele ter sugerido estratégias que se revelaram ineficientes e equivocadas no caso da substituição do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo, no início da interinidade do presidente Temer, o que gerou uma série de problemas ao governo na estatal. Tais questões estão, aparentemente, resolvidas com a suspensão da liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli, do STF, permitindo que Melo se mantivesse à frente da presidência da empresa.

Pouco depois, desagradou também ao Planalto a iniciativa de Osório de investigar a atuação de seu antecessor, José Eduardo Cardozo, criando mais uma frente de atrito. Além disso, ele teria “atropelado” seu padrinho, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, marcando uma “reunião de emergência” com Temer para despachar assuntos de rotina.

Ontem, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, um interlocutor do presidente da República havia dito não ser possível deixar um cargo tão estratégico para o governo em situação delicada. Quem avisou Osório de que ele seria trocado não foi o presidente da República, mas Padilha, em uma dura conversa nesta quinta-feira.

Oficialmente, o Planalto não deu detalhes dos motivos que levaram à mudança, que resultou na primeira mulher advogada-geral da União. Apesar desta movimentação para a saída de Osório da AGU, a reforma ministerial que Temer pretende fazer não deverá ser ampla, apenas pontual.

Fonte: Revista Isto É