Diversão e atenção

Verão em Salvador: saiba quais práticas e praias evitar para prevenir afogamentos

A principal causa de afogamento se dá devido à combinação de mar e bebida alcoólica

Foto: Vagner Souza/PS Notícias
Foto: Vagner Souza/PS Notícias

Com o calor do verão, as praias de Salvador estão lotadas. No entanto, para garantir um lazer seguro, é importante se atentar aos cuidados e evitar correr riscos para que o momento de diversão não se torne uma tragédia.

Desta forma, o programa Toda Hora, da rádio Salvador FM, entrevistou o coordenador de Salvamento Marítimo (Salvamar), Kailani Dantas, na manhã desta sexta-feira (10). Segundo ele, a principal causa de afogamento durante o verão, se dá devido à combinação de mar e bebida alcoólica.

“Uma prática muito comum que a gente percebe no afogamento é a bebida. Nesse período de verão as pessoas acabam consumindo mais bebida alcoólica, principalmente nas festas agora de lavagem, carnaval e pré-carnaval. A bebida e o banho de mar não combinam. A bebida superestima a capacidade da pessoa e a pessoa acredita, realmente, que sabe nadar e que consegue entrar no mar e ir mais adiante, e acaba se afogando. Fora isso, a praia segura é a praia com salva-vidas. O ideal é procurar um lugar para tomar banho próximo de um posto da Salvamar ou de um posto do Batalhão Marítimo. Viu uma bandeira vermelha? Não tome banho. A bandeira está indicando um lugar que tem uma corrente de retorno. Procura um salva-vidas e pergunta qual é o local indicado para banho”, alertou.

Assim, é importante se atentar na hora de escolher qual local frequentar. Conforme o especialista, as praias perigosas não são as aquelas com os maiores números de ocorrências.

Como exemplo, há um risco maior no Farol de Itapuã, Praia do Flamengo e Aleluia, no entanto, a Praia de Piatã liderou as ocorrências de afogamento e crianças perdidas em 2024.

“A gente acaba tendo um fluxo muito maior na Praia de Piatã, e o banhista acaba tendo uma falsa sensação de segurança e se expõe mais. O público que frequenta essa praia não aceita tanto a orientação do salva-vidas, não entende tanto a sinalização das bandeiras, acaba entrando nos locais perigosos e se afogam com maior frequência”, explicou.

Crianças perdidas no verão

De acordo com o registro da Salvamar, em 2024, houve o registro de cerca de 50 crianças perdidas, o que representa um número menor do que o registrado no ano anterior. Dessas ocorrências, todas foram registradas entre Piatã e Jaguaribe.

Kailani Dantas explicou que os principais motivos que acarretam o incidente derivam da falta de cuidado dos responsáveis.

“Uma praia que fica muito cheia e os pais acabam sentando muito afastados da zona de espraiamento, deixando os filhos irem tomar banho sozinhos. É uma prática que acontece muito, e a gente geralmente procura os pais dessas crianças e os pais ainda nem se deram conta que o filho está desaparecido. Na maioria das vezes não são os pais que estão ali. São os tios, os primos que levam e acabam não tendo o cuidado que a mãe e o pai têm com o filho”, finalizou.

Foto: Reprodução/Youtube/Salvador FM

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