Pacientes do Maranhão obrigados a viajar longas distâncias para fazer hemodiálise poderiam fazer o tratamento ao lado de casa. Isso se as obras das clínicas em construção em sete cidades não estivessem paradas há dois anos.
O que existe até agora da obra de construção do centro de hemodiálise de Chapadinha, no Maranhão, é um terreno e algumas marcações. Quase R$ 1 milhão foram liberados para a obra em 2014, mas está tudo parado.
Escondida no meio mato está essa estrutura de metal que deveria ser parte das paredes do setor de hemodiálise do hospital. O material chegou no fim de 2014 e deveria estar montado três meses depois. Mas o tempo passou, o mato cresceu e nada foi feito.
Os pacientes renais de Chapadinha precisam viajar 500 quilômetros três vezes por semana para fazer hemodiálise em São Luís, um desgaste que atrapalha o tratamento, como o Jornal Nacional mostrou na semana passada.
O Maranhão tem 12 centros de hemodiálise distribuídos em seis cidades; os outros 211 municípios não têm equipamentos para o tratamento.
Foram liberados em 2014 R$ 6,8 milhões para a construção de outros sete centros em cidades diferentes, o que evitaria que os pacientes precisassem viajar tanto. A previsão era que começassem a funcionar no ano passado, mas nenhuma obra foi concluída até hoje. E o material já está se estragando com o tempo.