O “Samba de São Lázaro”, evento gratuito que movimentava as noites de sexta-feira no Largo da Igreja de São Lázaro, no bairro da Federação, em Salvador, chegou ao fim. A organização anunciou neste sábado (23) o “término definitivo” da festa, que já fazia parte do calendário semanal da cidade.
Em nota publicada no Instagram, os organizadores lamentaram o encerramento e denunciaram preconceito e perseguição ao evento.
“O sistema venceu o povo através das suas manobras e articulações genocidas para exterminar tudo aquilo que venha a ser feito pelo povo”, destacaram no comunicado.
Perseguição e denúncias de vereador são apontadas como causas do fim
Segundo os organizadores, o Samba de São Lázaro enfrentou uma série de ações que dificultaram a continuidade. Eles afirmam que um vereador teria denunciado o evento sob a justificativa de que atrapalhava o descanso de moradores locais. Desde então, o samba passou a ser alvo de batidas policiais, reboque de veículos e aplicação de multas consideradas abusivas.
“Com essa perseguição, os barraqueiros foram muito prejudicados, pois as vendas caíram drasticamente”, explicaram os responsáveis pela festa.
Eles pedem o apoio das secretarias de Cultura e Turismo, além da ministra da Cultura, Margareth Menezes, para tentar retomar o evento.
Além disso, a organização compartilhou críticas à gestão municipal e divulgou um abaixo-assinado para pressionar as autoridades pela valorização e continuidade do samba.
Mudança de horário não foi suficiente para resolver impasses
No início de novembro, o Samba de São Lázaro já havia ajustado o horário de início e término, após reclamações de moradores sobre poluição sonora, engarrafamentos e problemas como urina nas portas de condomínios. O evento, que antes começava às 22h e seguia pela madrugada, passou a acontecer das 19h às 22h. Mesmo assim, os problemas persistiram.
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